Flamengo, Fluminense, Botafogo e Palmeiras têm a dura missão de desbancar Europeus na tentativa do título mundial
É hoje! A Copa do Mundo de Clubes da FIFA ou “Super Mundial” começa neste sábado (14/6) com quatro clubes brasileiros na disputa pelo troféu: Flamengo; Fluminense; Palmeiras e Botafogo. No entanto, com a presença da elite do futebol Europeu é difícil imaginar que algum clube do nosso país ou de qualquer outro continente conseguirá fazer algo além de chegar ao mata a mata.
Qual é a real chance dos clubes brasileiros?
A verdade é que os times do Brasil possuem chances remotas de conquistar o torneio. Com a disparidade financeira, as equipes europeias largam (e muito) na frente de todas as demais equipes do torneio. Os times brasileiros aparecem apenas como coadjuvantes, tendo apenas a “obrigação” de se sobressair contra times da Ásia, América do Norte e África. No entanto, há chances de surpreender e ser surpreendido.
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Palmeiras – Grupo A
O Palmeiras, dentre os quatro, talvez é o que tenha mais chances de levar vantagem contra um time europeu. O clube paulista encara o Porto, de Portugal, que, além de estar em um mercado com menos poderio financeiro no velho continente, vem de uma temporada ruim a qual sequer brigou pelo título português, terminando em terceiro lugar, e ficou de fora até das oitavas da Liga Europa. Ainda assim, é um confronto equilibrado, mas o momento melhor e a paridade financeira pode pesar a favor do Verdão.
No entanto, o grupo A da competição também possui “cascas de banana” para o time brasileiro. Os outros integrantes do grupo, o Inter Miami, dos EUA, e o Al-Ahly, do Egito, são times que estão longe de ser sacos de pancada. Os donos da casa têm em seu elenco craques como Messi, Luis Suaréz, Busquets e Jordi Alba. Todos eles, é claro, estão longe de seu auge físico, mas ainda são ameaças. O time egpício é considerado o “Real Madrid da África” e já chegou a superar o Verdão em uma disputa de 3º lugar no Mundial de 2020.
O Palmeiras pode até ser considerado como o principal candidato a liderança do grupo, mas não são pequenas as chances de ser eliminado ainda na primeira fase, é bom ficar de olho.
Botafogo – Grupo B
De todos, não dá para negar que o Botafogo foi o que teve o pior sorteio, e irá enfrentar duas equipes europeias do primeiro escalão logo na fase de grupos: O atual campeão da Champions, PSG, da França, e o Atlético de Madrid, da Espanha. O Glorioso, diferente das outras três equipes brasileiras, acabou ficando no pote 3 do Mundial de Clubes, e, com isso, não teve a “vantagem” de ser cabeça de chave.
A verdade é que se PSG e Atlético forem com a força máxima e levando o Mundial com a devida seriedade, as chances do Botafogo se classificar são remotas. O time francês é a equipe que possui o melhor jogo coletivo do mundo, ainda que não tenha um equipe repleto de estrelas. Os espanhóis, por mais que não vivam um grande momento, têm em seu elenco jogadores de elite como os argentinos Julián Alvarez e Rodrigo De Paul, e o atacante francês Antoine Griezmann, sem falar de um trabalho de mais uma década do técnico Diego Simeone.
Por outro lado, o Seattle Sounders parece ser um adversário acessível ao Glorioso, tendo uma campanha modesta na MLS, liga de futebol dos Estados Unidos. No entanto, a pressão de vencer o rival mais frágil para ter alguma chance de avançar à próxima fase pode prejudicar o Botafogo. O clube carioca terá de fazer jogos perfeitos contra os europeus e, ainda por cima, contar com a sorte, caso queira se classificar.
Flamengo – Grupo D
O Flamengo chega ao Mundial cercado de expectativas. Vindo de um bom momento, com classificação assegurada na Libertadores e na Copa do Brasil e líder do Brasileirão, e com a chegada de Jorginho para agregar ao elenco que já é bom, não é exagero dizer que o clube é o mais forte dentre as equipes brasileiras na competição. No entanto, a crise estourada entre Gerson, que está de saída para o Zenit, e a diretoria e um grupo, que parece simples, mas que pode vir a ter seus desafios podem complicar o mais querido.
O rubro-negro é cotado como segundo melhor time de seu grupo, tendo o Chelsea, da Inglaterra, como seu principal rival. Incomparável em termos financeiros, o time de Londres conta com estrelas como o atacante Cole Palmer e os meio-campistas Enzo Fernández e Moisés Caicedo. No entanto, o fato de os Blues estarem em pré-temporada e o histórico de times ingleses de não ligar para competições fora do continente europeu podem ajudar a vida do Flamengo.
O clube carioca também vai ter o Esperánce, da Tunísia, e o LAFC, dos Estados Unidos, como rivais. Os africanos podem não ser uma ameaça tão grande, mas possui alta relevância nacional e, com a tática certa, podem surpreender o Flamengo. Já o LAFC até possui nomes conhecidos do futebol mundial como o goleiro Hugo Lloris e o atacante Olivier Giroud, mas não vive grande momento. O time pode complicar a vida do Flamengo se suas estrelas jogarem o que sabe. Vale ter atenção com o centro-avante Denis Bouanga, artilheiro do time.
Fluminense – Grupo F
O Fluminense será o último brasileiro a estrear no Mundial de Clubes pelo grupo F. O tricolor também vem de um bom momento após um começo conturbado de ano, com direito a troca de técnico, e um péssimo 2024. São seis jogos sem perder, com cinco vitórias, além de boa campanha no Brasileirão (5º lugar) e classificações asseguradas na Copa do Brasil e Sul-Americana. O time carioca tem um grupo até tranquilo pela frente, mas precisa ter atenção.
O principal rival é, sem sombra de dúvidas, o Borussia Dortmund. Os alemães chegam aos Estados Unidos após uma temporada de altos e baixos. No entanto, a reta final foi excelente, tendo vencido sete dos últimos oito jogos da Bundesliga (empatou apenas com o Bayern de Munique, o campeão nacional). No entanto, o clube passa por um longo período de inatividade, já há mais de um mês sem jogar e sequer chegou aos Estados Unidos para se preparar. O calor que tem feito nos EUA também podem atrapalhar a equipe europeia. Ainda assim, o Borussia é amplo favorito a passar em primeiro.
Os outros rivais, a princípio, não parecem ser grandes ameaças. O Mamelodi Sundowns, da África do Sul, desponta como “rival” do tricolor pela segunda posição do grupo. Finalista da Champions da África (perdeu para o Pyramids, do Egito), os sulafricanos possuem um estilo de jogo que foca na posse de bola, lembrando os áureos tempos do dinizismo no Laranjal. Já o Ulsan HD, da Córeia do Sul, tende a ser o “saco de pancadas” do grupo, sem viver grande momento na liga nacional e tendo sido eliminado ainda na fase inicial da Champions Asiática.