Ex-ministro do Turismo foi preso preventivamente sob suspeita de tentar obter documento de viagem para Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
O ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL-PE) informou em nota nesta 6ª feira (13.jun.2025) que entrou em contato com o Consulado de Portugal no Recife (PE) para obter informações para renovar o passaporte de seu pai, de 85 anos. Mais cedo, Machado foi preso preventivamente em operação da PF (Polícia Federal) sob suspeita de tentar obter o documento para o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) Mauro Cid.
O ex-ministro já passou por exame de corpo de delito e será levado para o Cotel (Centro de Triagem e Observação Criminológica Professor Everardo Luna), em Abreu Lima (PE). Lá, ficará à disposição da Justiça. Ao Poder360, Machado disse que é inocente. Leia a nota abaixo.
Na 3ª feira (10.jun.2025), a PGR (Procuradoria Geral da República) solicitou ao STF (Supremo Tribunal Federal) a abertura de um inquérito para investigar Machado. Segundo o órgão, uma investigação da PF teria encontrado no celular de Cid arquivos que mostrariam uma tentativa anterior de obtenção da cidadania portuguesa em janeiro de 2023.
O tenente-coronel também foi alvo de um mandado de busca e apreensão na mesma operação da PF. Ele presta depoimento na sede da corporação em Brasília. O Supremo chegou a cogitar a prisão do militar, mas revogou o pedido pouco antes da operação.
Eis a íntegra da nota de Gilson Machado:
“Diante da decretação da minha prisão preventiva nesta quinta-feira (13), venho a público reafirmar minha total inocência. Não cometi crime algum. Não matei, não roubei, não trafiquei drogas. O que fiz foi apenas pedir informações sobre a renovação do passaporte do meu pai, um senhor de 85 anos.
“É só verificarem as ligações que fiz para o consulado e os áudios que enviei aos funcionários. Eu nunca estive presente em nenhum consulado ou embaixada — nem de Portugal, nem de qualquer outro país — seja no Brasil ou no exterior. Tudo o que fiz foi um gesto de cuidado com meu pai, nada além disso. A justiça divina tarda, mas não falha.”