Washington reduz presença diplomática em Bagdá após ameaça iraniana de atacar bases e impasse em negociações nucleares
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), confirmou nesta 4ª feira (11.jun.2025) que ordenou a retirada de parte do pessoal do governo norte-americano, incluindo diplomatas, em países do Oriente Médio como o Iraque diante da escalada nas tensões com o Irã.
“Pode ser um lugar perigoso. Vamos ver o que acontece”, disse Trump a jornalistas durante evento em Washington. A informação foi confirmada pela agência de notícias Reuters.
A medida atinge diplomatas no Iraque e familiares de militares em locais como Bahrein e Kuwait. A decisão se dá dias antes da próxima rodada de negociações nucleares entre EUA e Irã.
Trump voltou a dizer que não permitirá que Teerã desenvolva armas nucleares. “Eles não podem ter uma arma nuclear. Pessoalmente, não vamos permitir isso”, declarou.
Segundo o Departamento de Estado dos Estados Unidos, a retirada é autorizada para funcionários não emergenciais e dependentes e deve ser realizada por meio de voos comerciais. O Pentágono colocou unidades militares em prontidão para eventual apoio à evacuação.
A escalada se agravou depois de o ministro da Defesa iraniano, Aziz Nasirzadeh, ameaçar atacar todas as bases norte-americanas na região, caso o Irã seja alvo de ofensiva militar.
As negociações nucleares seguem sem consenso. As tratativas têm sido marcadas por impasses sobre o grau de enriquecimento de urânio permitido em solo iraniano.
Apesar das ameaças, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, declarou que um acordo “ainda está ao alcance”. Teerã defende que seu programa é pacífico.
Em comunicado na ONU, a missão iraniana disse que o país não busca uma arma nuclear e que o militarismo dos EUA só alimenta a instabilidade.
Atualmente, os Estados Unidos mantêm presença militar em bases localizadas no Iraque, Kuwait, Qatar, Bahrein e Emirados Árabes Unidos.
