De acordo com a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), não é “chutando” esses artistas que o Brasil vai conseguir mudar a realidade das periferias
O Movimento Brasil Livre (MBL) protocolou uma notícia-crime na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra parlamentares do PSOL, acusando o partido de fazer apologia ao crime por meio do apoio a artistas ligados ao tráfico de drogas e ao crime organizado. A denúncia acusa o uso de dinheiro público para financiar shows e eventos em que, segundo o MBL, há envolvimento direto de facções criminosas como o Comando Vermelho.
Em entrevista exclusiva ao Portal LeoDias, o deputado federal Guto Zacarias (MBL-SP) afirmou que o PSOL tem uma postura recorrente de conivência com o crime: “Sempre que há uma denúncia de segurança pública no Brasil, o PSOL está sempre do lado dos criminosos, sempre do lado dos apologistas ao crime”.
Veja as fotos
Deputado Guto Zacarias (MBL-SP) em entrevista ao Portal LeoDiasReprodução/Portal LeoDias
Deputado Guto Zacarias (MBL-SP) em entrevista ao Portal LeoDiasReprodução/Portal LeoDias
Reprodução/
Após 5 dias preso, MC Poze é ovacionado em saída do presídioReprodução: Portal LeoDias
Erika Hilton se manifesta sobre prisão de Poze do Rodo.Reprodução
Oruam – Foto: Reprodução/Instagram
Segundo o deputado, os parlamentares psolistas têm ignorado o impacto que o tráfico tem nas comunidades ao se manifestarem contra projetos como a Lei Anti-Oruam: “Essas facções não atrapalham a vida do cara do Leblon. Quem sofre é o morador da comunidade. E é essa população que a gente quer defender”, pontua.
O PSOL rebateu, afirmando que a ação é uma tentativa de censura e perseguição política. O MBL, por outro lado, insiste que a resposta do partido apenas reforça a denúncia: “Se estamos acusando de ligação com o crime, o PSOL deveria negar isso. Mas, em vez disso, dizem que estamos atacando a arte”, destaca Guto Zacarias.
Em resposta ao Portal LeoDias, a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), uma das acusadas pelo MBL por envolvimento com artistas ligados ao crime, ressaltou que não estava ciente das polêmicas envolvendo Oruam: “Depois que tive conhecimento acho que o tom não foi o mais adequado para uma interação entre nós, mas até onde sei ele não parte de nenhuma facção, não é réu em nenhum processo e eu não fiz nada mais que orientar ele a procurar movimentos de luta nas periferias”, pontou.
“Muito pelo contrário, se o Oruam realmente quiser aprender algo não vai ser chutando ele que vamos conseguir uma mudança da realidade dele e das milhões de pessoas que o tem como referência”, ressalta a deputada.
