A Polícia Civil adota diferentes estratégias para investigar casos de desaparecimento. A investigação começa assim que a família registra o boletim de ocorrência. A partir daí, a Polícia Civil aplica protocolos que variam de acordo com o tempo desde o desaparecimento e com as informações disponíveis.
A reportagem desta quinta-feira (12), da série “Desaparecidos”, explica esse processo a partir do caso de Laércio Smaniotto, que desapareceu em abril deste ano.
O aposentado sumiu no domingo de Páscoa, em Brotas, no interior de São Paulo. Segundo a filha, Ariely Smaniotto, ele saiu para ir ao mercado, voltou para deixar as compras em casa, avisou ao filho que sairia novamente e não retornou.
Dois dias depois, a família registrou o boletim de ocorrência. Desde então, não obteve nenhuma informação concreta sobre o paradeiro de Laércio.
Ainda nos primeiros dias após o desaparecimento, câmeras de segurança registraram o aposentado caminhando por ruas da cidade. A família contratou um cão farejador, que identificou o cheiro dele na região central de Brotas. A suspeita de que ele teria recebido uma carona foi confirmada por testemunhas. O celular e as chaves do Sr. Laércio permaneceram em casa.
Procedimento da Polícia Civil varia conforme o caso
A delegada Juliana Ricci explica que a polícia define os primeiros passos da investigação com base nas informações que a família fornece e na rapidez com que comunica o desaparecimento.
Existem situações em que ficamos sabendo do desaparecimento de forma bastante precoce e a família tem pertences da pessoa. Então contamos com ajuda de cães farejadores. Mas se o desaparecimento for mais antigo, a busca com cães é descartada e começa a procura em campo, colhendo depoimentos e conversando com pessoas próximas
explica
O caso de Laércio foi considerado recente no início, o que permitiu o uso de cão farejador e análise de imagens. A investigação também inclui buscas em hospitais, postos de saúde, Instituto Médico Legal (IML) e cruzamento de dados em bancos públicos e privados. A polícia ainda depende de novas informações que possam surgir por meio de denúncias ou novas testemunhas.
A gente está procurando todo dia, desde o dia que ele desapareceu. Divulgamos na esperança de notícias e não chega notícia nenhuma
afirma Ariely
Plataforma
A EPTV e o acidade on lançaram nesta segunda-feira (9) uma plataforma para divulgar informações sobre desaparecidos na área de cobertura do Grupo EP. Essa é a única página na internet com esse tipo de serviço aqui no estado de São Paulo.
Famílias ou conhecidos que tem casos de entes próximos que desapareceram podem usar a plataforma para reportar esse tipo de situação. A iniciativa está disponível para as praças de Araraquara, Campinas, Piracicaba, Ribeirão Preto e São Carlos.
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Além de informações sobre pessoas desaparecidas, também é possível conferir na página reportagens de serviços como, por exemplo, o programa que integra câmeras de monitoramento das prefeituras ao banco de dados do estado para ajudar a encontrar quem está desaparecido.
Todo conteúdo pode ser encontrado no https://www.acidadeon.com/desaparecidos/.
Série Desaparecidos
Com o lançamento da plataforma, o EPTV1 está exibindo uma série de reportagens especiais com histórias de pessoas que buscam informações de familiares que sumiram de uma hora para outra e que vivem o drama da espera por notícias, e a esperança do reencontro, de um final feliz.
Já o EPTV2 vai contar com reportagens de serviço e orientações voltadas para os familiares e conhecidos dos desaparecidos, como, por exemplo, qual é o procedimento necessário para reportar às autoridades esse tipo de situação. , contudo
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