Califórnia solicita à Justiça bloqueio ‘com urgência’ de ação de militares em Los Angeles

Califórnia solicita à Justiça bloqueio ‘com urgência’ de ação de militares em Los Angeles


Documento apresentado à Justiça solicita que seja proibida a participação de militares nas operações migratórias, normalmente realizadas pelo Serviço de Controle de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês)

Frederic J. Brown / AFPProtesto em Los Angeles
Policiais entram em confronto com manifestantes do lado de fora do Centro de Detenção Metropolitano (MDC), no centro de Los Angeles, Califórnia, em 8 de junho de 2025. O presidente dos EUA, Donald Trump, enviou 2.000 soldados em 7 de junho para lidar com a escalada de protestos contra operações de imigração na região de Los Angeles, uma ação que o governador do estado classificou como “propositalmente inflamatória”. Agentes federais entraram em confronto com multidões enfurecidas em um subúrbio de Los Angeles enquanto os protestos se estendiam pela segunda noite no sábado, disparando granadas de efeito moral e fechando parte de uma rodovia em meio a operações contra imigrantes sem documentos, segundo relatos.
(Foto de Frederic J. Brown / AFP)

A Califórnia solicitou à Justiça, nesta terça-feira (10), que bloqueie com urgência o envio de tropas militares a Los Angeles, ordenado pelo presidente americano, Donald Trump, em meio a protestos contra as operações migratórias executadas por seu governo. O documento apresentado à Justiça solicita que seja proibida a participação de militares nas operações migratórias, normalmente realizadas pelo Serviço de Controle de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês). “Enviar combatentes de guerra às ruas não tem precedentes e ameaça os fundamentos da nossa democracia”, disse o governador da Califórnia, Gavin Newsom. “Donald Trump se comporta como um tirano, e não como um presidente. Pedimos ao tribunal que bloqueie imediatamente essas ações ilegais.” É crescente o número de militares patrulhando o centro de Los Angeles, palco de protestos de 6 de junho contra as investidas contra a imigração em diferentes pontos da cidade.

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Os primeiros soldados da Guarda Nacional chegaram a Los Angeles com a missão de proteger prédios federais. Na segunda-feira, vários deles estavam posicionados em frente a uma instituição federal, enquanto a polícia local controlava um protesto nas proximidades. As manifestações têm sido pontuais e, em sua maioria, pacíficas, com exceção de algumas lojas e veículos vandalizados. As autoridades locais insistem que a situação está sob controle, mas Trump decidiu enviar 4 mil membros da Guarda Nacional e 700 fuzileiros navais, o que intensificou os protestos na segunda-feira e alimentou a batalha política entre o governo estadual democrata e a administração federal republicana.

“Para dizer sem rodeios, não há invasão nem rebelião em Los Angeles; há tumultos civis que não diferem dos episódios que ocorrem regularmente em comunidades de todo o país e que são contidos pelas autoridades estaduais e locais trabalhando em conjunto”, afirma o documento apresentado por Newsom e pela Procuradoria da Califórnia. Mas Trump e seu secretário de Defesa, Pete Hegseth, argumenta o texto, “tentam levar pessoal militar e uma cultura de guerra às ruas”.

*Com informações da AFP
Publicado por Sarah Paula





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