Governador de Goiás afirma que “outros Poderes tomam conta do governo” sem presidencialismo forte
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), disse nesta 2ª feira (9.jun.2025) que a “ausência e incompetência” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) causaram o 8 de Janeiro. Ele defendeu anistia aos envolvidos nos ataques extremistas.
“Você acha que se eu estivesse na presidência da República ia deixar o baderneiro quebrar o Congresso Nacional?”, perguntou durante entrevista ao “Roda Viva”, da TV Cultura.
Caiado declarou que o presidencialismo não admite uma pessoa “amorfa”. Ele afirmou que um presidente deve governar pacificando com todos os Poderes e disse que o que destrói o presidencialismo é a falta da figura do Executivo.
“Na ausência do presidente, os outros Poderes tomam conta do governo e anula-se o poder do presidente”, disse, em referência ao atual governo.
ANISTIA
O governador goiano criticou o prolongamento das investigações sobre os ataques. Disse que não se pode ficar mais 2 anos discutindo isso em um país.
Ele afirmou que conceder anistia “ampla, geral e irrestrita” será seu 1º ato caso seja eleito presidente da República em 2026.
Segundo ele, a medida representa uma “convicção de inocência” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “A anistia concede isso às condições. Essa é a condição de se anistiar”, declarou ao ser questionado sobre assumir a inocência de Bolsonaro.
Sobre a possibilidade de o STF (Supremo Tribunal Federal) julgar uma eventual anistia inconstitucional, Caiado disse que não estaria “infringindo ninguém” com a medida.
“É presidencialismo ou não é presidencialismo? Então não dá para ser mais ou menos”, declarou.