Ministra apoia taxação de “streaming”, mas diverge de artistas

Ministra apoia taxação de “streaming”, mas diverge de artistas


Margareth Menezes afirma que MinC concorda com substitutivo dePL que estabelece alíquota sobre empresas entre 0% a 6%; artistas defendem 12%

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, voltou a defender a regulação das plataformas de streaming no Brasil. Em entrevista à coluna “Splash”, do UOL, Menezes reagiu à campanha “VoD12 pelo Cinema Brasileiro”, que reúne artistas e profissionais do audiovisual nacional, como Antônio Pitanga, Elisa Lucinda, Júlia Lemmertz, Maeve Jinkings, Mateus Solano, Paschoal da Conceição, entre outros.

Mobilizações para valorizar o audiovisual são legítimas e o MinC participa ativamente desse esforço, dialogando com Congresso, setor e artistas para construir consensos”, afirmou.

Assista ao vídeo da campanha VoD12 (1min53s):

Há, porém, divergências entre o que apoia o MinC (Ministério da Cultura) e o que desejam os artistas. O movimento VoD12 (Vídeo Sob Demanda, na sigla em inglês) defende que empresas estrangeiras de streaming –como a Netflix, HBO Max, Amazon Prime Video, Disney +– paguem uma alíquota de 12% e que seus catálogos tenham ao menos 20% de produção brasileira.

Já o MinC (Ministério da Cultura), apoia, segundo a ministra, o substitutivo apresentado pela deputada federal Jandira Feghali (PT-RJ), ao PL 2331/22, de autoria do deputado Nelsinho Trad (PSD-MS). 

No substitutivo, o texto estabelece uma taxa de 0% a 6% (conforme o faturamento da empresa), com abatimento de até 60% se a plataforma investir diretamente em conteúdo nacional. A proposta de Feghali também define uma cota de 10% dedicada à produção brasileira. 

A aprovação da lei do streaming em 2025 é prioridade, pois representa um passo decisivo para a soberania cultural, garantindo desenvolvimento justo e valorização da diversidade”, afirmou a ministra Menezes na entrevista.

Ela disse também que a regulação é “urgente e essencial para garantir a soberania das produções e desenvolvimento da indústria audiovisual”, preservando os direitos dos trabalhadores e criando um ambiente justo.

Produções independentes terão mais oportunidades de alcance, com mecanismos para incentivar conteúdo nacional nas plataformas. O Brasil, diverso e plural, poderá se ver por inteiro nas telas, abrindo espaço para novos talentos”, acrescentou a ministra. “Isso gera emprego, renda, cidadania e valoriza manifestações culturais variadas”.


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