Maioria dos eleitores rejeita candidaturas de Lula e Bolsonaro, segundo pesquisa Quaest
Uma nova pesquisa divulgada nesta quarta-feira (4/6) pela Quaest, contratada pela Genial Investimentos, revela um sinal claro vindo das ruas: os eleitores brasileiros estão inclinados a virar a página da polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Mais de 60% dos entrevistados afirmam que nenhum dos dois deveria disputar a Presidência em 2026.
Rejeição crescente a Lula
A avaliação sobre uma possível candidatura de Lula mostra uma tendência consistente de desgaste. Em maio, 66% dos entrevistados disseram que o atual presidente não deveria tentar a reeleição. O índice representa um aumento de 13 pontos percentuais desde julho de 2024, quando 53% se posicionavam contra sua candidatura.
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Presidente Luiz Inácio Lula da SilvaReprodução
Bolsonaro em entrevista ao portal UOLReprodução: YouTube/UOL
Presidente LulaReprodução
Jair Bolsonaro deve participar de ato pró-anistia, apesar das orientações médicasReprodução/Instagram
Luiz Inácio Lula da SilvaReprodução: Globo
Jair Messias BolsonaroReprodução: Instagram
A queda na aprovação da ideia de reeleição foi registrada em diversos momentos ao longo do último ano:
- Julho de 2024: 53% contra
- Outubro de 2024: 58% contra
- Dezembro de 2024: 52% contra
- Março de 2025: 62% contra
- Maio de 2025: 66% contra
Atualmente, 32% ainda defendem que Lula entre na disputa. Esse número vem diminuindo gradualmente desde o segundo semestre de 2024.
Bolsonaro também enfrenta resistência, mesmo fora das eleições
Do outro lado, o ex-presidente Jair Bolsonaro também registra altos índices de rejeição. Segundo o levantamento, 65% dos brasileiros acreditam que ele deveria abrir mão da candidatura. Apenas 26% entendem que Bolsonaro deve manter o projeto de voltar ao Planalto, ainda que sua inelegibilidade siga em vigor.
A pesquisa também mediu o temor em relação à volta de cada um ao poder:
- 45% têm mais medo de um novo mandato de Bolsonaro
- 40% temem a continuidade de Lula
- 7% dizem temer os dois
O estudo ouviu 2.004 pessoas, presencialmente, entre os dias 29 de maio e 1º de junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
O levantamento oferece um termômetro sobre o atual cenário político e mostra que, a pouco mais de um ano do início do calendário eleitoral, uma parcela expressiva da população brasileira parece desejar novos nomes para liderar o país.
