Frentes Parlamentares pedem urgência na votação de projeto que anula alta do IOF

Frentes Parlamentares pedem urgência na votação de projeto que anula alta do IOF


Pressão sobre Hugo Motta cresce após reação negativa do mercado à medida da Fazenda

Um grupo de deputados de várias frentes parlamentares que representam o setor produtivo está pressionando o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), a colocar em votação um projeto que pode derrubar o aumento recente no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

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Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados/Reprodução X/Montagem

Hugo Motta (Republicanos/PB) compartilha novas informações sobre a tramitação da PEC da Segurança PúblicaFoto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados/Reprodução X/Montagem

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Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo MottaFoto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados


O projeto em questão é o PDL 214/2025, que tem como objetivo cancelar as mudanças anunciadas pelo Ministério da Fazenda. Segundo os parlamentares, a decisão do governo pegou todos de surpresa e causou preocupação entre empresários, investidores e representantes do agronegócio.

Entre os líderes desse movimento estão os deputados Joaquim Passarinho (PL-PA), da Frente Parlamentar do Empreendedorismo; Pedro Lupion (PP-PR), da Frente Parlamentar da Agropecuária; e Júlio Lopes (PP-RJ), da Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo. Eles afirmam que o aumento do IOF pode prejudicar a economia, afetando diretamente o crédito, os investimentos e o comércio.

O que mudou no IOF

O IOF é um imposto cobrado sobre operações financeiras, como empréstimos, câmbio, seguros e investimentos no exterior. A ideia do governo era aumentar essas alíquotas para arrecadar cerca de R$ 61 bilhões em dois anos — R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026.

No entanto, após o anúncio, o mercado reagiu mal. A Bolsa de Valores caiu 0,44% e o dólar subiu, fechando em R$ 5,66. Diante disso, o governo recuou em parte das mudanças.

Entre os pontos revistos, está a taxação de investimentos de brasileiros em fundos no exterior, que voltará a ser isenta. Também foi mantida a alíquota de 1,1% para remessas de dinheiro ao exterior feitas por pessoas físicas para fins de investimento.

Pressão no Congresso

Mesmo com esses recuos, os deputados ligados ao setor produtivo querem que o projeto que cancela o aumento seja votado com urgência. Segundo eles, a medida do governo gerou insegurança e pode dificultar o crescimento econômico.

Se for aprovado pela Câmara, o PDL 214/2025 anula os efeitos do aumento do IOF sem necessidade de aprovação do Senado ou sanção do presidente da República. Por isso, o presidente da Câmara, Hugo Motta, se torna uma peça-chave nessa discussão.

 



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