Ex-presidente condenado por corrupção cumpre pena em casa, enfrenta Parkinson e tem novo aval para tratamento especializado
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou nesta terça-feira (27/5) a visita de um fisioterapeuta para atender o ex-presidente Fernando Collor de Mello em sua residência, em Maceió, Alagoas, onde cumpre prisão domiciliar. Segundo o portal R7, o atendimento será permitido por seis meses, conforme decisão do magistrado.
Collor, condenado a 8 anos e 10 meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso Lava Jato, havia sido preso no final de abril e passou cerca de uma semana na ala especial do Presídio Baldomero Cavalcanti. No início de maio, Moraes autorizou que ele cumprisse pena em regime domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica, por conta do quadro de saúde.
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Diagnosticado com Parkinson há cerca de seis anos, o ex-presidente também enfrenta problemas de coluna, como hérnia discal lombar e doença discal degenerativa. Laudos médicos apontam a necessidade de fisioterapia, RPG e pilates para aliviar os sintomas da doença e ajudar no controle dos movimentos, além de tratamento contínuo com medicamentos.
Até então, Collor só podia receber visitas de seus advogados, equipe médica e familiares. Com a nova decisão, o fisioterapeuta Bruno Rafael Santana Alves, indicado pela defesa, poderá realizar as sessões pelo período autorizado.
Além das restrições impostas pela Justiça, Moraes também determinou a suspensão do passaporte de Collor, para evitar que ele deixe o país durante o cumprimento da pena.
O histórico médico do ex-presidente, mantido em sigilo por decisão judicial, registra a evolução do quadro de Parkinson, com episódios de sonolência e necessidade de exames de imagem, como ressonâncias magnéticas.
A defesa de Collor argumentou que o cumprimento da pena em casa, com acompanhamento especializado, é essencial para evitar o agravamento da saúde do ex-mandatário.