Pesquisa revela que pessoas que moram em bairros mais pobres têm duas vezes mais probabilidade de ter Alzheimer

Pesquisa revela que pessoas que moram em bairros mais pobres têm duas vezes mais probabilidade de ter Alzheimer


Globalmente, mais de 55 milhões de pessoas convivem com demência, sendo aproximadamente 1,76 milhão no Brasil

Viver em áreas com alta vulnerabilidade social pode aumentar significativamente o risco de demência, conforme aponta um estudo da Universidade Rush, publicado na revista Neurology. A pesquisa, que acompanhou 6.781 idosos, revelou que aqueles que residem em bairros mais pobres têm mais de duas vezes a probabilidade de desenvolver Alzheimer em comparação com os que vivem em regiões mais favorecidas. Além disso, a deterioração das funções cognitivas ocorre de forma mais acelerada nessas localidades. Os determinantes sociais da saúde desempenham um papel crucial na incidência de demência, mesmo quando fatores individuais, como idade e nível educacional, são considerados. Globalmente, mais de 55 milhões de pessoas convivem com demência, sendo aproximadamente 1,76 milhão no Brasil. Para garantir um envelhecimento saudável, é fundamental melhorar as condições de vida das populações em situação de vulnerabilidade.

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A demência não deve ser vista como uma consequência inevitável do envelhecimento, mas sim como um resultado de diversas condições que afetam a cognição. Fatores de risco que podem ser modificados, como hipertensão, diabetes e isolamento social, são responsáveis por até 45% dos casos de demência. A pesquisa sugere que a acumulação de fatores de risco ao longo da vida aumenta a probabilidade de declínio cognitivo. Pessoas que vivem em comunidades carentes estão mais expostas a condições que favorecem o acúmulo de riscos para a saúde mental. A baixa escolaridade e problemas de saúde mental, como a depressão, são os principais fatores que contribuem para o declínio cognitivo no Brasil. Compreender os determinantes sociais da saúde é essencial para abordar a relação entre fatores socioeconômicos e doenças neurológicas.

Para enfrentar essa questão, é necessário implementar estratégias de saúde pública que integrem diferentes setores, como educação, habitação e segurança. Exemplos de iniciativas bem-sucedidas em outros países, como o programa de Prevenção da Demência no Reino Unido, demonstram a eficácia de abordagens intersetoriais. No Brasil, a Política Nacional de Cuidado Integral às Pessoas com Doença de Alzheimer e Outras Demências, estabelecida em 2024, visa aprimorar o diagnóstico e tratamento, embora ainda enfrente desafios, como o subdiagnóstico. Diante do rápido envelhecimento da população brasileira, é vital concentrar esforços na redução da vulnerabilidade social para diminuir o risco de demência.

Publicado por Sarah Paula
*Reportagem produzida com auxílio de IA





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