Reconhecido por documentar realidades sociais e ambientais, brasileiro enfrentava complicações de saúde relacionadas à malária
O fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado morreu nesta 6ª feira (23.mai.2025) em Paris, França. O artista, reconhecido internacionalmente por documentar realidades sociais e ambientais em diversos países, enfrentava complicações de saúde relacionadas a uma malária contraída nos anos 1990.
A informação foi confirmada pela Folha de S. Paulo. Salgado sofria de um distúrbio sanguíneo resultante do tratamento inadequado da doença, que foi contraída na Indonésia. Ele também tinha problemas na coluna vertebral decorrentes de um acidente com mina terrestre que atingiu seu veículo em 1974, durante a guerra de independência de Moçambique.
Em 1998, o fotógrafo fundou o Instituto Terra, ONG (organização não governamental) dedicada à recuperação ambiental com sede em Aimorés, Minas Gerais.
“Seguiremos honrando seu legado, cultivando a terra, a justiça e a beleza que ele tanto acreditou ser possível restaurar”, afirmou o Instituto Terra em nota de pesar.
Apesar dos problemas de saúde, Sebastião Salgado mantinha-se ativo. Em entrevista concedida ao The Guardian em 2024, ele havia revelado planos expor 255 fotografias gigantas do projeto “Amazônia” na COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025), programada para acontecer em Belém de 10 a 21 de novembro.
Na mesma entrevista, o fotógrafo disse que, embora ainda conseguisse caminhar ou pedalar vários quilômetros diariamente, seu corpo estava sentindo os efeitos dos anos de trabalho em regiões hostis e desafiadoras.
Sebastião Salgado deixa a mulher, Lélia Wanick Salgado, e 2 filhos, Juliano e Rodrigo.
