Alicia X, cantora, influenciadora digital e ex-participante de A Fazenda, abriu o coração em entrevista recente ao “Cola Mais Podcast” sobre sua relação com o corpo, autoestima e cirurgias estéticas. Aos 25 anos, a artista contou detalhes de sua trajetória, marcada por desafios com o peso desde a infância, experiências de bullying, compulsão alimentar e o impacto da obesidade mórbida do pai em sua vida.
“Meu pai era obeso, inclusive uma coisa que eu não falava muito, estou começando a falar recentemente porque agora me sinto preparada para falar sobre esse assunto. Meu pai faleceu em 2022, e tinha obesidade mórbida, que é um nível de obesidade muito além de você estar gordinho, é uma doença. A pessoa não consegue levantar da cama, não consegue dirigir, não consegue ter uma vida. Eu acompanhei esse processo do meu pai ser um gordinho, aumentar cada vez mais as roupas, não encontrar roupa, mandar fazer roupa, a ponto dele não conseguir sair de casa. Quando eu era criança, eu era muito gordinha também, sofri muito bullying na escola”, relembrou Alicia.
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A busca por respostas a levou à faculdade de Nutrição: “Eu queria entender a alimentação, o porquê da compulsão alimentar, por que meu pai tinha obesidade mórbida. Entendi que esporte e arte são coisas que libertam a vida. Sou muito a favor de incentivar os jovens ao esporte, o que for. Luta, por exemplo, não tem nada a ver com violência, é disciplina, autoconhecimento”.
Alicia também falou sobre o processo de emagrecimento: “Eu emagreci 24 kg de janeiro até hoje, só com treino e alimentação. Hoje em dia está um pouquinho mais fácil, graças à internet, a gente consegue ter acesso a algumas coisas que eram muito difíceis antigamente. Eu treino todos os dias, sem exceção”.
Sobre cirurgias estéticas, a artista foi transparente e bem-humorada: “Eu fiz todas, quase. Tem mais umas três que falta fazer, brincadeira. Eu era gordinha, emagreci, fiz uma lipo, coloquei silicone, fiz rinoplastia. Eu queria mostrar que conseguia ficar magra, com gominho na barriga, me apresentar de camisa aberta. Eu tenho agonia com coisa no pescoço, gosto de andar com decote, minha equipe quer me matar: ‘Ai, você não é só um silicone, né?’ Eu falo: ‘Mas eu comprei, me deixa’”.
Apesar da vaidade, Alicia diz que hoje encontrou equilíbrio: “Entendi que é necessário ter um certo equilíbrio. O grande excesso é uma falta. Hoje, por mais que eu goste, tento não ser tão vulgar. Às vezes acaba sendo um pouco, mas tento manter o equilíbrio, até porque tenho um público infantil forte”.