Ao portal LeoDias, fontes, que não terão suas identidades reveladas, afirmaram que o cenário de abandono é alarmante
Desde o trágico acidente aéreo ocorrido em agosto de 2024, que deixou 62 mortos em Vinhedo (SP), a companhia aérea VoePass enfrenta uma grave crise operacional, financeira e judicial. A reportagem do portal LeoDias descobriu que a empresa aérea está com as operações suspensas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), além de bens e contas bancárias bloqueados pela Justiça.
Na data de hoje, quinta-feira (22/05), foi realizada demissão em massa. Os salários de funcionários dos mais diversos departamentos estão todos atrasados, e a empresa dá claros sinais de um colapso.
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Avião da Voepass / Reprodução
Reprodução
Aeronave da Voepass / Reprodução
Foto: Divulgação/Voepass
Rerodução
Informações obtidas com exclusividade e provas pelo nosso jornalismo, mostram que a VoePass já está esvaziando “discretamente” sua sede em Ribeirão Preto (SP), numa tentativa de evitar a apreensão judicial de alguns bens.
De acordo com fontes ouvidas pelo portal, caminhões baú começaram a ser vistos na noite de quarta-feira (21/5), transportando peças de aeronaves, documentos, materiais antigos usados em manutenção e supostas provas da Anac.
O movimento seguiu durante toda a madrugada e a manhã desta quinta-feira (22/5). Funcionários que ainda restavam na empresa teriam cruzado os braços em protesto contra os atrasos salariais e a falta de informações sobre o futuro da companhia.
“Eles estão fazendo isso por conta do bloqueio dos bens, então eles estão tirando tudo que tem para tirar lá do hangar, provas da Anac, peças velhas que eles usavam nos aviões, estão fazendo a limpa. Todo mundo está sem receber, eles demitiram praticamente todo mundo, só ficou o pessoal do RH, almoxarifado, alguém da limpeza e os diretores”, disse um funcionário, que não terá a identidade revelada.
“Eles são muito bandidos, estão trabalhando nisso a noite toda. Outros caminhões entraram e saíram da companhia a noite toda. Os mecânicos estavam trabalhando lá a noite toda tirando peças do motor, tirando cablagem, tirando peças externas que são muito caras e colocando dentro de caminhões, para que quando o oficial de Justiça chegar lá não ter mais nada para penhorar”, contou outro.
Ao portal LeoDias, fontes, que não terão suas identidades reveladas, afirmaram que o cenário de abandono preocupa.
Segundo relatos, a ação seria uma tentativa de preservar parte do patrimônio antes que ele seja confiscado para pagamento das dívidas, que já somam cerca de R$ 400 milhões, segundo petição apresentada à Justiça. Pedido de recuperação judicial e paralisação das operações.
A reportagem do portal LeoDias tentou contato com a comunicação da Voepass ao longo de toda dia de hoje, mas sem sucesso.
