ONU envia 90 caminhões com ajuda humanitária à população da Faixa de Gaza.

ONU envia 90 caminhões com ajuda humanitária à população da Faixa de Gaza.


No início da semana, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que, ‘por razões diplomáticas’, o país permitiria a entrada de ajuda na Palestina, após bloqueio de mais de dois meses 

EFE/Cogat
Israel
Na quarta-feira à noite, a ONU recolheu cerca de 90 caminhões carregados na passagem de fronteira de Kerem Shalom e os enviaram à  Gaza 

A ONU enviou na quarta-feira (21) à noite o equivalente a 90 caminhões de ajuda humanitária para distribuição entre a população da Faixa de Gaza, que enfrenta há mais de dois meses e meio um bloqueio total por parte de Israel. Cada vez mais pressionado pela comunidade internacional para interromper a guerra e facilitar a entrada de ajuda humanitária em larga escala, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse na quarta-feira que estava disposto a concordar com um cessar-fogo temporário.

No início da semana, o chefe de Governo de Israel declarou que, “por razões diplomáticas”, o país permitiria a entrada de ajuda no território cercado, após um bloqueio total de mais de dois meses e meio que ameaçava provocar um cenário de fome. Na quarta-feira à noite, “as Nações Unidas recolheram cerca de 90 caminhões carregados na passagem de fronteira de Kerem Shalom e os enviaram à Faixa de Gaza”, anunciou Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da organização.

Desde segunda-feira, Israel havia anunciado a entrada no território palestino de quase 200 caminhões carregados com farinha, comida para bebês e material médico. A ONU denunciou, no entanto, que os suprimentos haviam ficado na passagem fronteiriça e não haviam sido distribuídos entre a população.

O escritório de comunicação do governo de Gaza, liderado pelo movimento islamista Hamas, confirmou a chegada de 87 caminhões de ajuda, que foram entregues a organizações internacionais e locais para atender às “necessidades humanitárias urgentes”. Apesar deste avanço, a ONU alertou que o volume de ajuda enviado é “uma gota de água no oceano” de necessidades dos 2,4 milhões de habitantes de Gaza que, antes da guerra, recebiam diariamente quase 500 caminhões de suprimentos.

Cessar-fogo temporário?

Após quase dois meses de trégua, o Exército israelense retomou em meados de março a ofensiva contra Gaza e assumiu o controle de amplas faixas do território devastado pela guerra. O governo israelense anunciou no início de maio um plano para a “conquista” de Gaza que exige o deslocamento interno da “maioria” de seus 2,4 milhões de habitantes. Desde sábado, o Exército realiza uma ofensiva de larga escala no enclave, com o suposto objetivo de libertar os reféns que permanecem em cativeiro e eliminar o Hamas.

Mas “se houver uma opção para um cessar-fogo temporário, para libertar os reféns, estaremos prontos”, declarou Netanyahu na quarta-feira. Ao mesmo tempo, ele reiterou que “toda a Faixa de Gaza” estará sob o controle do Exército israelense ao final da ofensiva em curso. As críticas internacionais a Israel devido à operação aumentaram na quarta-feira, após um incidente na Cisjordânia em que soldados israelenses abriram fogo durante uma visita de diplomatas a Jenin.

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O Exército israelense explicou que eram “disparos de advertência” porque a comitiva “entrou em uma zona onde não estava autorizada a estar”. ONU, União Europeia, China, Canadá e outros países denunciaram o incidente e exigiram explicações. A guerra começou em 7 de outubro de 2023 com o ataque sem precedentes do Hamas contra o sul de Israel. A ofensiva matou 1.218 pessoas e 251 foram sequestradas, segundo dados israelenses. A campanha de represália israelense contra Gaza causou pelo menos 53.655 mortes no estreito território palestino, segundo os dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, que a ONU considera confiáveis.

*Com informações da AFP 





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