17 empresas têm interesse em importar gás da Argentina

17 empresas têm interesse em importar gás da Argentina


O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, cita potencial de trazer 30 milhões de m³ por dia de Vaca Muerta para atender à demanda do Brasil até 2030

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), afirmou nesta 5ª feira (22.mai.2025) que 17 empresas têm interesse em importar gás natural de Vaca Muerta, na Argentina. Segundo ele, todas já estão autorizadas pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

Em participação no seminário Desafios e Soluções para Integração Gasífera Regional, realizado na sede do ministério, Silveira destacou que a meta é importar 30 milhões de metros cúbicos por dia de gás argentino até 2030 para suprir a demanda ociosa do mercado brasileiro

“O potencial de fornecimento de Vaca Muerta é infinito. E temos uma indústria pujante do lado brasileiro, sedenta por gás natural a preço competitivo”, declarou. Ele também ressaltou que “os primeiros volumes já cruzaram” a fronteira entre os países. “Um marco que celebramos”, declarou.

Para viabilizar esse avanço, o ministro defendeu a necessidade de ajustes nas tarifas de transporte tanto na Argentina quanto na Bolívia, além de rever os custos internos no Brasil. Segundo ele, o custo do transporte e da distribuição pode chegar a quase US$ 5 por milhão de BTU (medida que equivale 26,8 metros cúbicos), o que compromete a competitividade do insumo.

Silveira afirmou que as tarifas estão “na mira” do governo federal e ressaltou que “a mesma infraestrutura não pode ser remunerada duas vezes”. Acrescentou ainda que há um compromisso do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), em trabalhar pela redução do custo de distribuição no Estado.

Entre as obras consideradas essenciais para o avanço da integração gasífera está a fase 2 do gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre. Com 593 quilômetros de extensão, o projeto pretende interligar a Fronteira Oeste à Região Metropolitana de Porto Alegre. A previsão de investimento é de R$ 6,83 bilhões, com capacidade de transporte de até 15 milhões de metros cúbicos por dia, segundo a EPE (Empresa de Pesquisa Energética).





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