Empresário realizou expedição com 32 seguidores em condições climáticas adversas; grupo precisou de resgate dos bombeiros
A Justiça paulista tornou Pablo Marçal réu na 3ª feira (20.mai.2025), sob acusação de colocar em risco a vida de 32 pessoas durante uma expedição no Pico dos Marins em janeiro de 2022.
Atuando como coach, o empresário propôs a atividade a seus seguidores, mas o grupo enfrentou névoa densa, ventos fortes e chuvas intensas, o que exigiu um resgate do Corpo de Bombeiros.
O Pico dos Marins fica na serra da Mantiqueira, no Estado de São Paulo, e exige preparo adequado para escalada, especialmente quando as condições climáticas são adversas.
Marçal é acusado de pressionar seus seguidores a continuar a subida, mesmo diante de alertas quanto ao perigo. Segundo o Ministério Público, ele chamou aqueles que cogitavam desistir de “fracos e incapazes”.
Os promotores Renata Zaros e Carlos Soares, responsáveis pela denúncia, afirmaram que “os riscos da expedição eram evidentes”.
Eles pediram o enquadramento do empresário no artigo 132 do Código Penal, que é “expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente“, com pena de detenção de três meses a um ano.
O episódio acabou projetando nacionalmente o nome de Marçal, que ganhou a alcunha de “coach messiânico“. Em 2024, ele se candidatou à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB e ficou em 3º lugar.
A defesa de Marçal tem 10 dias para se manifestar. O Ministério Público havia proposto anteriormente um acordo para encerrar o caso, mas o empresário recusou a oferta. Ele se diz perseguido pelos promotores.
Na Justiça Eleitoral, Marçal já foi condenado duas vezes à pena de 8 anos de inelegibilidade, por irregularidades durante a campanha eleitoral de 2024.
