Nota técnica do departamento financeiro afirma que número de R$ 829 mi, divulgado pelo Conselho de Orientação, não traduz real situação do clube
Uma nota técnica do departamento financeiro do Corinthians afirma que o aumento real da dívida em 2024 foi de R$ 88,6 milhões, número bem inferior aos R$ 829 milhões divulgados anteriormente pelo Cori (Conselho de Orientação) do clube.
Quando divulgou o número de R$ 829 milhões em abril de 2025, o Cori recomendou a reprovação das contas da administração do presidente Augusto Melo. O Conselho Fiscal e o Conselho Deliberativo também deram pareceres negativos, diante de um balanço financeiro que registrava uma dívida total de R$ 2,5 bilhões (incluindo o financiamento da Neo Química Arena).
O departamento financeiro do clube explicou que a diferença nos números aconteceu porque parte da dívida registrada no balanço de 2024 é antiga e não estava corretamente registrada nos balanços anteriores.
Esses valores incluem débitos relacionados a processos judiciais, dívidas com programas de parcelamento de impostos e do Profut (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro).
Para calcular a dívida líquida, o clube também considera os valores que tem a receber, tanto no curto quanto no longo prazo. Com isso, o departamento financeiro chegou aos R$ 88,6 milhões.
A nota técnica explica que a dívida líquida é calculada somando o total de dívidas a pagar no curto e longo prazo, e subtraindo os valores a receber. Outras contas que não têm liquidez imediata não entram nesse cálculo.
