Cerca de 10% dos filmes assistidos no cinema no ano passado era de longas brasileiros
O público do cinema brasileiro cresceu mais de três vezes em 2024, segundo o novo relatório anual da Agência Nacional do Cinema (Ancine). Foram registrados 12,6 milhões de espectadores, um salto de 241% em relação aos 3,7 milhões de 2023.
De acordo com o órgão, o responsável pela retomada é “Ainda Estou Aqui”, que levou quase 6 milhões de brasileiros aos cinemas enquanto esteve em cartaz e ainda venceu o primeiro Oscar da nossa história.
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Cinema por apenas R$ 10Reprodução
Fernanda Torres no filme “Ainda Estou Aqui”Reprodução
Fernanda Torres em “Ainda Estou Aqui”Divulgação
Fernanda Torres interpreta Eunice Paiva em Ainda Estou AquiReprodução
No total, foram lançados 456 filmes no Brasil, um aumento de 10% em comparação com o ano anterior. Desses, 197 eram produções nacionais, o que representa um crescimento de 22,4%. Esse avanço refletiu também no número de sessões dedicadas a filmes brasileiros, que cresceram 15,7%, o dobro de 2023.
O aumento é atribuído à volta da lei da cota de tela, em vigor desde janeiro do ano passado, que estabelece um número mínimo de filmes nacionais na programação dos cinemas.
Apesar do avanço, o cinema brasileiro ainda representa apenas 10,1% do mercado, e as produções nacionais não alcançam o mesmo índice de ocupação das salas que os filmes estrangeiros, quando considerado o total de sessões.
Cinco filmes brasileiros ultrapassaram a marca de 1 milhão de ingressos vendidos em 2024 (entre 4 de janeiro de 2024 e 1º de janeiro de 2025):
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“Ainda Estou Aqui” (3 milhões),
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“Os Farofeiros 2” (1,9 milhão),
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“Minha Irmã e Eu” (1,8 milhão),
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“Nosso Lar 2 – Os Mensageiros” (1,6 milhão),
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“O Auto da Compadecida 2” (1,4 milhão).
“Ainda Estou Aqui” ficou em sexto lugar na bilheteria geral do ano, atrás de sucessos internacionais como “Divertida Mente 2” e “Moana 2”.
Foram vendidos 125 milhões de ingressos em 2024, gerando uma arrecadação de R$ 2,5 bilhões. Esse foi o quarto ano seguido de crescimento, embora os números ainda estejam abaixo dos registrados antes da pandemia de Covid-19.
