Vendas do mercado imobiliário crescem 16% no 1º tri

Vendas do mercado imobiliário crescem 16% no 1º tri


Pesquisa diz que setor continua forte apesar dos juros mais altos; Minha Casa, Minha Vida influenciou na alta

A Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) divulgou nesta 2ª feira (19.mai.2025) os dados do mercado imobiliário nacional no 1º trimestre. O setor manteve trajetória de crescimento, com alta em:

  • vendas – 102.485 unidades residenciais (+15,7% na comparação anual); 
  • lançamentos – 84.924 unidades (+15,1% na comparação anual).

O desempenho foi impulsionado pelo programa Minha Casa, Minha Vida, que respondeu por mais da metade (44.734) das unidades lançadas no período. Eis a íntegra da pesquisa (PDF – 2 MB).

A Cbic diz que o setor mostrou resiliência apesar dos juros elevados. As vendas acumularam 418.136 unidades nos 12 meses encerrados em março, avanço de 22,5% em relação ao período anterior. 

A oferta final de imóveis caiu 4,6%, para 287.980 unidades, o que indica maior absorção pelo mercado.

“Mesmo em um cenário de crédito caro, o brasileiro segue acreditando no investimento em moradia”, disse Renato Correia, presidente da Cbic em um comunicado à imprensa.

O desempenho foi mais forte em regiões onde o Minha Casa, Minha Vida é dominante, como o Norte e o Nordeste. No Sudeste, o destaque é São Paulo. O tempo médio de escoamento das unidades do programa caiu para 6,5 meses, abaixo da média do setor.

PARA O RESTO DE 2025

A expectativa da Cbic é de que o mercado imobiliário siga aquecido ao longo do ano. A Faixa 4 do Minha Casa, Minha Vida começou a operar em maio e deve ampliar o alcance do programa. Financiamentos com recursos do FGTS e da poupança devem continuar sustentando o setor.

A expansão do programa é mais uma medida do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para aquecer a economia. O aumento do consumo tende a pressionar a inflação, dificultando o trabalho de colocar os índices de preço nas metas. 

Na contramão das práticas do governo, o Banco Central tem aumentado os juros em uma tentativa de frear a alta na inflação por meio da contenção econômica. O crédito mais caro desacelera o consumo e a produção. Como consequência, os preços tendem a não aumentar de forma tão rápida. 

O levantamento da Cbic integra os Indicadores Imobiliários Nacionais, desenvolvido pela CBIC em parceria com a Brain Inteligência Estratégica e o Sesi (Serviço Social da Indústria).





Source link