“Dia da Cegonha Reborn” pode virar lei no Rio

“Dia da Cegonha Reborn” pode virar lei no Rio


Projeto de lei, proposto pelo vereador Vitor Hugo (MDB), visa a valorizar o trabalho das artesãs responsáveis pela confecção de bonecos realistas

A Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou, em 8 de maio de 2025, o projeto de lei 1.892 de 2023, que institui o “Dia da Cegonha Reborn”. O objetivo é reconhecer o ofício de artistas plásticos que confeccionam este tipo de boneco realista. O PL segue para sanção do prefeito Eduardo Paes (PSD).

O texto foi proposto pelo vereador Vitor Hugo (MDB). Na justificativa, o político diz que o nascimento de um filho “não é diferente para uma mãe reborn”.

O nascimento de um bebê é um momento singular na vida de uma mulher, e não é diferente para as mamães reborn, porém, os seus filhos são enviados por cegonhas, sendo esse o nome conferido às artesãs que customizam bonecas para se parecerem com bebês reais”, declara o vereador.

Um dos principais argumentos para a criação da data, destacado no projeto, é o apoio emocional que os bonecos reborn proporcionam a mães que perderam seus filhos.

A arte da Cegonha Reborn também tem sido utilizada em diversos países como forma de lembrança de um filho pequeno ou de um bebê que não sobreviveu e tem contribuído para transformar os adultos colecionadores em mamães e papais, que passam a adotar essas experiências em suas vidas reais”, afirma Vitor Hugo.

BEBÊ REBORN

Os bebês reborn são bonecos hiper-realistas criados para se parecer com recém-nascidos. Costumam ser feitos artesanalmente com materiais como vinil ou silicone, passando por um processo minucioso de pintura, aplicação de cabelo fio a fio e outros detalhes que simulam a textura da pele humana.

O tema provocou grande engajamento nas redes sociais nas últimas semanas. Vídeos de “partos” e de “mães” de bebês reborn viralizaram nas plataformas digitais.

Notícias sobre buscas de atendimentos no SUS (Sistema Único de Saúde) e por assentos preferenciais em transportes públicos foram amplamente compartilhadas. Órgãos públicos e autoridades se manifestaram contra essas práticas:

  • Prefeitura de Curitiba (PR) – publicou que as “mães” de bonecos hiper-realistas não têm direito aos assentos preferenciais;
  • Câmara dos Deputados – congressistas apresentaram 3 projetos para restringir o uso dos bonecos, como a proibição de atendimento em unidades de saúde;
  • Prefeitura do Rio – negou que “mães” de bebês reborn terão acesso a ambulância exclusiva para levá-las a hospitais;
  • Chapecó (RS) – prefeito João Rodrigues (PSD) disse que fará internação compulsória de pessoas que levarem bebês reborn a consultas médicas;
  • Tribunal Superior do Trabalho – publicou que os “pais” desses bonecos não têm direito à licença-maternidade.





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