Fachin critica IA e diz que ChatGPT não substitui humanos

Fachin critica IA e diz que ChatGPT não substitui humanos


Durante palestra em Roraima, o ministro do STF afirmou que a tecnologia é uma ferramenta complementar que deve servir à humanidade

O vice-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Edson Fachin, disse nesta 6ª feira (16.mai.2025) que a IA (Inteligência Artificial) deve ser uma ferramenta complementar, e não substituta da atividade humana no Judiciário. Ele deu uma palestra no TJ-RR (Tribunal de Justiça de Roraima), no Fórum Cível Advogado Sobral Pinto, na capital Boa Vista.

O seu sentido demanda uma inteligência humana ineliminável, não há nem haverá ChatGPT que substitua esta atividade humana”, afirmou o ministro ao refletir sobre o papel da Constituição e dos direitos fundamentais no Brasil.

As declarações de Fachin se dão em um momento em que o STF discute o uso de IA no Judiciário. Nesta semana, a Corte rejeitou uma ação escrita por IA e aplicou multa por má-fé.

O ministro afirmou que a tecnologia deve estar subordinada aos direitos humanos: “Tecnologia deve servir à humanidade e não a humanidade servir à tecnologia”.

Segundo o ministro, a Constituição tem 3 pilares centrais: o texto constitucional, os direitos fundamentais e os precedentes judiciais. Ele defendeu que é preciso refletir de forma contínua sobre seu alcance e os valores que ela representa, especialmente no contexto pós-pandemia.

“Essa dimensão de densificar valores como a igualdade, como a dignidade da pessoa humana e realizar um dever genuinamente humano de fundamentação, a rigor, é insubstituível”, disse.

HOMENAGEM

A palestra foi realizada depois de o vice-presidente do STF ser homenageado por contribuição à Justiça. Fachin recebeu a Medalha do Mérito Judiciário do Tribunal.

Estiveram presentes 17 autoridades, dentre elas, o governador de Roraima, Antonio Denarium (PP) –acusado de usar a máquina pública nas eleições de 2022 para distribuir benefícios sociais em período eleitoral–, o presidente da ALE-RR (Assembleia Legislativa de Roraima), deputado Soldado Sampaio, e representantes de MP (Ministério Público), OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), TCE (Tribunal de Contas do Estado), TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e Prefeitura de Boa Vista.





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