Escândalo sobre as fraudes em descontos indevidos de aposentados e pensionistas de todo o Brasil chama atenção do parlamento
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil/AP) comunicou nesta quinta-feira (15/5) à ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deve realmente acontecer. De acordo com a GloboNews, na reunião que fizeram, Alcolumbre teria afirmado que não há como impedir a CPMI, mas que articula para um adiamento.
Desde que o escândalo sobre as fraudes em descontos de aposentados e pensionistas do instituto foi revelado, parlamentares do Congresso Nacional pressionam para uma investigação mais profunda sobre o caso.
Veja as fotos
Gleisi HoffmannFoto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e senador Davi AlcolumbreFoto: Ricardo Stuckert
Senadora Damares Alves (Republicanos-DF)Reprodução: Senado Federal
Para que a Comissão seja instituída, é preciso da assinatura de um terço dos deputados e um terço dos senadores, como prevê o Regimento Comum do Congresso. O número já foi alcançado. A próxima sessão conjunta para que o requerimento seja lido está prevista para acontecer no dia 27 de maio.
Porém, segundo Gleisi, a probabilidade é de que os governistas não vão apoiar a criação da CPMI, já que o resultado pode acabar em um pedido de investigação já existente e que, se isso acontecer, o trabalho da Polícia Federal pode ser atrapalhado.
Para parlamentares do PT, conforme a GloboNews, essa escolha de não realizar a CPMI pode demonstrar que o governo está com medo de algo a ser investigado.
As autoras do pedido de abertura da CPMI do INSS, deputada Coronel Fernanda (PL/MT) e senadora Damares Alves (PL/PR), pediram reunião com o presidente do Senado para decidir sobre a Comissão. De acordo com o portal Veja, a reunião deve acontecer na próxima terça-feira (20/5).
Nesta quinta-feira (15/5), Damares chegou a afirmar que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) se não tiver respostas do Senado.
