Resultado foi impulsionado pelas vendas de ativos como fibra, TV e imóveis que renderam R$ 5,84 bilhões, apesar de custos e baixas
A Oi registrou lucro líquido de R$ 1,65 bilhão no 1º trimestre de 2025, revertendo de forma parcial o prejuízo de R$ 2,79 bilhões no mesmo período do ano anterior. O resultado foi impulsionado pela venda de Unidades Produtivas Isoladas (UPIs), que incluíram a base de clientes de fibra (ClientCo), ativos de TV por assinatura, imóveis e torres. Leia íntegra (PDF – 3 MB).
Essas operações, classificadas como “descontinuadas”, contribuíram com R$ 1,52 bilhão ao lucro. O total arrecadado com as vendas foi de R$ 5,84 bilhões, mas o ganho líquido foi parcialmente reduzido por baixas de investimentos e despesas associadas.
A receita líquida consolidada somou R$ 1,43 bilhão, queda de 34,3% em relação ao 1º trimestre de 2024. Já a receita das operações descontinuadas ou mantidas para venda foi de R$ 803 milhões, retração de 39% em um ano. A comparação foi impactada pela contabilização parcial das receitas de fibra e TV, vendidas em fevereiro.
A Nova Oi gerou receita de R$ 631 milhões no período, sendo 59% da Oi Soluções, 26% das subsidiárias nacionais e 15% do legado e do atacado. O resultado financeiro ficou negativo em R$ 235 milhões, uma melhora expressiva frente aos R$ 2,38 bilhões negativos registrados um ano antes. Em 2024, o desempenho havia sido afetado pela desvalorização do real e pela ausência da contabilização de dívidas reestruturadas.
O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de rotina foi negativo em R$ 445 milhões, ainda impactado pelas operações de fibra até fevereiro. Já o Ebitda reportado, que inclui itens não recorrentes como a venda da ClientCo, ficou positivo em R$ 3,27 bilhões, frente a um resultado negativo de R$ 204 milhões no mesmo trimestre de 2024.
A dívida líquida da Oi caiu para R$ 9,84 bilhões em março, representando uma redução de 61,2% em 12 meses e de 3,4% em relação a dezembro.