BRF distribuirá R$ 3,5 bilhões em dividendos, enquanto a Marfrig pagará R$ 2,5 bilhões; o grupo terá presença relevante em diferentes segmentos do mercado de proteínas
A Marfrig e a BRF anunciaram nesta 5ª feira (15.mai.2025) a fusão das companhias. As sinergias comerciais e logísticas somam R$ 805 milhões, segundo fato relevante divulgado pelas empresas. Leia a íntegra (PDF – 137 kB).
A nova operação, chamada de MBRF Global Foods Company, formará um grupo com presença relevante em diferentes segmentos do mercado de proteínas, incluindo aves e bovinos, com atuação tanto no mercado brasileiro quanto internacional.
O CEO da Marfrig, Marcos Molina, afirmou que a fusão representa um passo importante “para assegurar o fornecimento de matéria-prima; mitigação do custo de ociosidade dos complexos industriais; e o fornecimento de animais de alta qualidade, visando maior produção de produtos com marcas, maior valor agregado e o atendimento de cotas mais rentáveis para companhia”.
A BRF distribuirá R$ 3,5 bilhões em dividendos, enquanto a Marfrig pagará R$ 2,5 bilhões.
A estrutura societária resultante seguirá modelo similar ao usado pela JBS, que mantém diversas operações de proteína animal sob uma mesma holding.
Esta movimentação representa a conclusão de uma estratégia iniciada há 4 anos, quando Marcos Molina começou a ampliar sua participação na BRF com compras de ações a preços que o mercado considerava baixos.
A estratégia de Molina teve resultados positivos. A BRF se beneficiou da recuperação do setor de frango, o que melhorou seus resultados financeiros e aumentou a expectativa de pagamento de dividendos.
LUCRO DA MARFRIG
Marfrig registrou um lucro líquido atribuído aos controladores de R$ 88 milhões no 1º trimestre. O resultado representa um crescimento de 40,3% na comparação com o mesmo período de 2024. Leia a íntegra do balanço (PDF – 3 MB)
A receita líquida consolidada de janeiro a março foi de R$ 38,6 bilhões –alta de 27% em comparação aos mesmos 3 meses do ano passado.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) foi de R$ 3,2 bilhões –margem consolidada de 8,3%