Senadores de esquerda divergem sobre criação de CPI do INSS

Senadores de esquerda divergem sobre criação de CPI do INSS


Congressistas do PT tentam tirar alvo do governo Lula e defendem que colegiados viram “palanque político”

Senadores de partidos de esquerda manifestaram nesta 5ª feira (15.mai.2025) opiniões divergentes sobre a instalação de uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) para investigar as fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

As declarações foram feitas durante uma sessão da Comissão de Transparência para ouvir o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz.

De um lado, o líder do Governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e o líder do PDT, Weverton Rocha (MA), afirmaram ser contra o colegiado.

Jaques Wagner defendeu que o Senado foque na discussão de projetos e disse que não assinou o requerimento de criação por considerar que as investigações na Casa se transformam em “palanque político”.

“Não quero assinar a CPI, porque quero que se discutam no Senado os temas fundamentais para a nação brasileira e que a Polícia Federal cuide disso”, afirmou.

O senador havia sido questionado por Eduardo Girão (Novo-CE) sobre o motivo de não ter endossado o pedido de abertura da CPI.

O petista também voltou a defender o discurso que tem sido usado pelo governo de que as fraudes teriam começado durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

“Não assinei, mas talvez eu assine, porque esse vento vai mudar de lado e vai ficar claro quem montou esse trambique aí”, afirmou.

Já Weverton declarou que CPIs fazem o Congresso “perder energia”.

“Não assinei a CPMI porque eu não venho assinando nenhuma […] O mais importante de tudo é o daqui para frente, que é não deixar que isso aconteça novamente e fazer com que a normalidade possa acontecer dentro de um órgão importante como o INSS”, afirmou.

O pedetista disse, no entanto, que recomendou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que “o governo todo tem que assinar essa CPMI”.

LÍDER DO PT E KAJURU A FAVOR

O líder do PT na Casa Alta, Rogério Carvalho (SE), afirmou que o partido fará parte da CPI, mas com a condição de que não vire palanque político e que não tenha um governo específico como alvo.

“O PT vai assinar, sim, essa CPI, e nós vamos investigar, olhando, na linha do tempo, todos os fatos e todas as pessoas, como fizemos na CPI da Covid, como fizemos na CPI do 8 de Janeiro”, afirmou.

Vice-líder do Governo, Jorge Kajuru (PSB-GO) falou que endossará o pedido: “Vamos assinar”, disse a Girão.





Source link