Ministério dos Direitos Humanos demonstra preocupação com ‘uso excessivo da força’ na Favela do Moinho

Ministério dos Direitos Humanos demonstra preocupação com ‘uso excessivo da força’ na Favela do Moinho


Segundo relatos e imagens recebidos pela pasta, a operação afetou diretamente crianças, idosos e outras pessoas em situação de vulnerabilidade

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) manifestou profunda preocupação com denúncias de uso excessivo da força por parte da Polícia Militar durante a ação de despejo realizada na Favela do Moinho, na região central de São Paulo. Segundo relatos e imagens recebidos pela pasta, a operação afetou diretamente crianças, idosos e outras pessoas em situação de vulnerabilidade, violando princípios básicos de dignidade e proteção social. Em nota, o MDHC destacou que ações estatais devem sempre respeitar os direitos humanos, sobretudo no atendimento a populações pobres e historicamente marginalizadas. “O uso da força contra famílias desassistidas aprofunda desigualdades e compromete a integridade de grupos que já enfrentam múltiplas formas de exclusão”, diz o comunicado.

Diante da gravidade dos relatos, equipes da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos e da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos estão no local para acompanhar a situação, ouvir moradores afetados e reunir informações para eventual atuação institucional. O objetivo é garantir atendimento imediato, monitorar possíveis violações e assegurar a integridade das famílias envolvidas.

A manifestação do ministério ocorre em meio a uma série de confrontos entre a Polícia Militar e moradores da comunidade, que protestam contra a demolição de casas iniciada pelo governo do estado. Os embates se intensificaram nesta quarta-feira (14), quando manifestantes bloquearam a Avenida Rio Branco e os trilhos da Linha 8-Diamante. A PM respondeu com balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. Os protestos também paralisaram temporariamente a circulação de trens entre as estações Júlio Prestes e Palmeiras-Barra Funda.

O governo estadual afirma que a ação visa garantir segurança às equipes da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), que atuam no reassentamento de famílias. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, 752 famílias já aderiram ao processo, sendo que 599 estão habilitadas a assinar contratos para novos imóveis ou receber cartas de crédito.

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Já o governo federal, por meio do MDHC, do Ministério das Cidades e do Ministério da Gestão e da Inovação, busca estabelecer diálogo com o governo de São Paulo para encontrar soluções que respeitem os direitos da população da Favela do Moinho. Como resposta aos confrontos e à condução das demolições, a União anunciou a suspensão da doação do terreno ao governo estadual, argumentando que o processo deve ser conduzido com diálogo, e não por meio de ações coercitivas. “O compromisso do governo federal é com a promoção da justiça social, da não violência e da proteção integral dos direitos da população brasileira”, reforçou o MDHC.

Publicado por Felipe Dantas

*Reportagem produzida com auxílio de IA





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