Sarney firmou-se na CBF ocupando cargos nas administrações de Ricardo Teixeira, José Maria Marin, Marco Polo Del Nero e Rogério Caboclo
Em meio às turbulências que assolam a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), uma figura conhecida ressurge com ambições renovadas. Fernando Sarney, vice-presidente da entidade e filho do ex-presidente José Sarney, articula nos bastidores para destituir Ednaldo Rodrigues do comando da CBF, conforme revelou nessa quarta-feira (14/5) o jornalista João Pedroso de Campos, na coluna de Guilherme Amado, no site PlatôBR.
A trajetória de Fernando Sarney na CBF remonta a 1998, quando ingressou como diretor de relações governamentais na gestão de Ricardo Teixeira. Desde então, consolidou-se como uma presença constante, ocupando cargos de destaque nas administrações de José Maria Marin, Marco Polo Del Nero e Rogério Caboclo. Em 2015, assumiu uma cadeira no Comitê Executivo da FIFA, substituindo Del Nero, que se afastou após investigações do FBI.
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Apesar de ter sido um dos signatários do acordo homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em fevereiro de 2025, que reconheceu a eleição de Ednaldo Rodrigues, Sarney agora questiona a autenticidade da assinatura de Antônio Carlos Nunes de Lima, o Coronel Nunes, no documento.
Em ação movida na Justiça do Rio de Janeiro, Sarney solicita a destituição de Ednaldo Rodrigues e propõe assumir interinamente a presidência da CBF para convocar novas eleições. Ele alega que a contratação do técnico italiano Carlo Ancelotti para comandar a Seleção Brasileira seria uma manobra de Ednaldo para desviar a atenção das investigações sobre o acordo.
Nessa segunda-feira (12/5), horas depois de Ednaldo anunciar a contratação de Ancelotti para a Copa do Mundo de 2026, Coronel Nunes desmarcou uma audiência que aconteceria na mesma data alegando razões de saúde.