PF e CGU investigam desvio de R$ 196 milhões na Saúde em SC

PF e CGU investigam desvio de R$ 196 milhões na Saúde em SC


Operação Templo Vendido foi deflagrada nesta 4ª feira; contrato entre a Secretaria Estadual de Saúde e uma organização social é investigado

A CGU (Controladoria Geral da União) e a PF (Polícia Federal) deram início a operação Templo Perdido na manhã desta 4ª feira (14.mai.2025). A ação investiga o desvio de dinheiro público em um contrato de R$ 196 milhões entre a SES (Secretaria Estadual de Saúde) de Santa Catarina e uma organização social na administração de uma Unidade de Saúde em Criciúma (SC).

A operação averigua vestígios de subcontratações ilegais, superfaturamento de serviços e recebimento de vantagens indevidas pela organização social em um hospital do SUS (Sistema Único de Saúde). O período da gestão foi de 2018 a 2023.

Na ação, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Federal de Florianópolis. Os endereços investigados estão nos municípios de Florianópolis, São José, Biguaçu, Palhoça, Criciúma, Araranguá, todos em Santa Catarina, e Curitiba (PR).

Segundo a CGU, 63 policiais federais e 10 auditores da Controladoria atuaram na operação desta 4ª feira (14.mai). Os envolvidos no esquema de desvio de verbas poderão responder por crimes como peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Em nota, a CGU afirmou que o hospital em questão é referência no cuidado materno-infantil.

“[A Unidade conta] com 125 leitos, UTI pediátrica, estrutura para atendimento com UCI neonatal, maternidade e centro cirúrgico. Além disso, a Unidade oferece atendimento ambulatorial para 21 especialidades médicas, com Banco de Leite Humano para o atendimento de recém-nascidos e prematuros”, informou.

Em resposta ao Poder360, a Secretaria de Saúde de SC afirmou que a operação não envolve a atual gestão do Estado. Santa Catarina foi governada por Raimundo Colombo (PSD), de 2011 a 2018, e Carlos Moisés (Republicanos), de 2019 a 2023.

A investigação não envolve a atual gestão do Governo do Estado. Está focada em compras e processos internos de uma OS que administra um hospital no Sul do Estado. Essa organização foi contratada em 2018, pela gestão anterior, e vem sofrendo fiscalização desde 2023, quando a nova gestão do governo assumiu. O governo do Estado, junto com Tribunal de Contas instituíram auditorias internas, assim como a CGU e PF”, diz a nota.





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