Governo vai trabalhar para destravar Ferrogrão, diz Alckmin

Governo vai trabalhar para destravar Ferrogrão, diz Alckmin


Vice-presidente afirma que sempre defendeu a ferrovia e que vai colaborar com uma boa solução junto ao Supremo

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) disse nesta 4ª feira (14.mai.2025) que o governo federal vai conversar com os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) para “liberar” as obras da Ferrogrão. Declarou que o objetivo não é intervir no processo, mas, sim, “colaborar com uma boa solução” da Corte.

“A Ferrogrão é importantíssima para integrar modais […] a sua chegada até o porto de Miritituba reduz muito custo, você ganha competitividade e renda e ajuda o meio ambiente”, afirmou. A fala foi na abertura do 3º Congresso da Abramilho, em Brasília.

Alckmin defendeu o projeto e afirmou que a ferrovia é importante para “reduzir o desmatamento e a emissão de carbono”, com a substituição dos caminhões pelo modal ferroviário.

A Ferrogrão (EF-170) é uma ferrovia de 933 km que ligará o município de Sinop (MT) ao porto de Miritituba (PA). Seria uma alternativa à rodovia BR-163, conhecida como rota da soja, do milho e do algodão, construída na década de 1970 para conectar os Estados.

Desde a concepção, em 2013, o projeto tem criado discordâncias, em especial com questões ambientais. Em março de 2021, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, suspendeu as obras devido a possíveis impactos e questionamentos sobre a alteração dos limites do Parque Nacional do Jamanxim (PA) por meio de medida provisória.

Em setembro de 2023, buscando avançar com o projeto, o Ministério dos Transportes criou um grupo de trabalho para promover o diálogo entre todas as partes interessadas, incluindo comunidades indígenas e entidades ambientais.

Uma ala do grupo ligada aos indígenas informou, em julho de 2024, que não continuaria as conversas com o governo. Em nota assinada pelo Instituto Kabu, Rede Xingu+ e Psol, disse que o espaço dedicado ao debate sobre a ferrovia não atende às demandas dos indígenas e teve sua representatividade esvaziada pelo próprio governo.

“O que deveria ser um espaço de diálogo transversal e interministerial terminou esvaziado, sem que a Casa Civil enviasse sequer um representante a uma única reunião”, disse a nota. Leia a íntegra do comunicado (PDF – 24 kB).





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