Medida da Secretaria de Patrimônio da União foi tomada depois de confrontos entre moradores e policiais durante manifestações contra demolições
A SPU (Secretaria de Patrimônio da União) suspendeu o processo de cessão do terreno da favela do Moinho ao governo estadual de São Paulo. A decisão foi tomada na 3ª feira (13.mai.2025), depois dos confrontos entre moradores e a Polícia Militar durante manifestações contra demolições na comunidade localizada na região central da capital paulista.
Apesar da suspensão determinada pela SPU, o processo de desocupação da área continua nesta 4ª feira (14.mai.2025). A CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) mantém as ações previstas, incluindo a descaracterização de imóveis já desocupados, com escolta da polícia militar, presença do Batalhão de Choque e de um veículo blindado conhecido como “caveirão”.
Os confrontos entre moradores e policiais aconteceram nos últimos dias, quando manifestantes protestaram contra as demolições de residências na comunidade. A situação resultou em operações policiais com uso de bombas de efeito moral e balas de borracha.
O bloqueio dos trilhos de trens metropolitanos que cortam a área motivou 3 intervenções da PM (Polícia Militar) na comunidade na 3ª feira (13.mai.2025). A favela do Moinho está situada em uma área central de São Paulo, entre linhas férreas.
A CDHU informa que 180 famílias já deixaram o local após aceitarem propostas de atendimento habitacional oferecidas pelo governo estadual. A companhia justifica a demolição dos imóveis desocupados como medida para evitar novas ocupações na área.
O impacto da suspensão da cessão do terreno pela SPU sobre a operação de desocupação em andamento ainda não está definido. As ações de remoção prosseguem mesmo depois da decisão do governo federal.