Estatal fala em demanda sazonal nos Estados Unidos e custos elevados como motivos para manter preço do combustível nas refinarias
A Petrobras indicou nesta 3ª feira (13.mai.2025) que não deve reduzir, por enquanto, o preço da gasolina nas refinarias. A justificativa é a pressão sobre as cotações internacionais do combustível, influenciadas pela aproximação do verão no Hemisfério Norte, período de maior consumo nos Estados Unidos.
“Ao contrário do diesel, que tem tendência de queda no mercado internacional, a gasolina vive um momento ascendente”, afirmou o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da estatal, Claudio Schlosser, em teleconferência sobre os resultados do 1º trimestre.
Schlosser afirmou que, nesta época do ano, os Estados Unidos costumam aumentar os estoques de gasolina por causa do início do período de férias de verão, com alta no número de viagens de carro.
A gasolina tem sido vendida pela Petrobras com preço acima da paridade de importação, mas o diretor disse que esse não é o único fator levado em conta. Segundo ele, a empresa também considera a instabilidade do mercado e o custo do refino, que ainda está alto.
Na abertura do mercado desta 3ª feira (13.mai), o litro da gasolina da Petrobras estava R$ 0,05 acima da paridade calculada pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). Leia a íntegra do relatório (PDF – 724 kB).
A última alteração no preço da gasolina nas refinarias foi feita em julho de 2024. Já o diesel passou por 4 reajustes em 2025: um aumento em fevereiro e três reduções desde abril, sendo a mais recente em 5 de maio.
A queda nas cotações internacionais do petróleo foi impulsionada pela intensificação da guerra comercial entre Estados Unidos e China.