SAP eliminará a meta de ter 40% de mulheres no corpo de funcionários; medida se dá depois de ordem executiva do republicano
A empresa alemã SAP (Systemanalyse Programmentwicklung) anunciou no domingo (11.mai.2025) que irá abandonar várias políticas de inclusão e diversidade por exigência do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano). A gigante da tecnologia atende mais de 320 mil empresas em mais de 180 países.
Segundo um e-mail interno obtido pelo jornal alemão Handelsblatt, a SAP irá eliminar a meta de ter 40% de mulheres no corpo de funcionários. As cotas de lideranças femininas em cargos de gestão já não serão aplicadas nos Estados Unidos.
Nos escritórios do país norte-americano, a empresa emprega 17.000 das 120 mil pessoas contratadas. Em 2024, as receitas nos EUA representaram ⅓ do total.
A gigante da tecnologia não irá mais considerar a pluralidade de gênero como critério de remuneração para o conselho de administração. O departamento de diversidade e inclusão será absorvido por outro departamento.
Em um comunicado publicado na 6ª feira (9.mai), o grupo afirmou que está “comprometido em criar um ambiente de trabalho inclusivo” e “cumprir integralmente os requisitos legais em cada país em que opera”.
PRESSÃO DE TRUMP
O republicano assinou uma ordem executiva que proíbe programas de diversidade em contratos com o governo, órgãos federais e no setor privado ainda em seu 1º dia de mandato, em 20 de janeiro.
Desde este dia, Trump pressionou empresas norte-americanas e europeias a abandonarem políticas de equidade. Em março, a embaixada dos EUA enviou cartas para companhias da UE (União Europeia) demandando que atestassem sua conformidade com os decretos. Trump também ameaçou processar firmas nacionais e estrangeiras que continuassem a implementar os programas.