Larissa Ferrari detalhou práticas sexuais com o jogador do Vasco, disse que ele era passivo e reforçou denuncia de agressões físicas e psicológicas
A advogada Larissa Ferrari, que acusa o jogador Dimitri Payet, do Vasco da Gama, de agressões físicas, psicológicas e verbais, revelou novos detalhes sobre o relacionamento de sete meses que manteve com o atleta francês. Em entrevista à coluna de Fábia Oliveira, ela descreveu práticas sexuais envolvendo submissão e afirmou que o meio-campista era “passivo e submisso”.
“Sim! Passivo, submisso. Ele também gostava de penetração nele”, disse a advogada. “E eu nunca o machuquei. Nunca saiu sangue, ficou com hematomas e nem agressividade. Era só ele que me machucava”, frisou.
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Relatos íntimos e uso de brinquedos
Ela também descreveu o uso de brinquedos sexuais nas relações. “Eu sempre levava plugs, vibradores, e coisas assim”, relatou.
“As agressões nunca foram recíprocas, mesmo quando ele era passivo e submisso. Mesmo usando ‘brinquedos’, nunca houve machucados. Mesmo com penetração nunca o machuquei”, explicou.
Defesa contestada e prints expostos nas redes
Larissa criticou a estratégia jurídica de defesa de Payet: “Eles [advogados] querem minimizar a gravidade dos fatos já que ele admitiu nosso relacionamento”, declarou.
A advogada publicou, em suas redes sociais, prints de conversas que, segundo ela, seriam com o jogador. Em uma das mensagens atribuídas a Payet, ele teria escrito de forma explícita: “Adorei como você me comeu ontem à noite”.
Em outro momento, na publicação, a advogada relata que havia estranhado os estímulos preferidos pelo atleta no ato sexual. “O Dimitri também era submisso e nunca se machucou. O Dimitri também praticava coisas que, ao meu ver, são nojentas, mas ele achava, naquele momento, que aquilo o animava”, contou em sua suas redes sociais.
Questionamentos sobre violência e gênero
Nas redes, Larissa também questionou a diferença de tratamento entre os relatos de dor e machucados. “Ele não vai querer admitir que tinha práticas sexuais nas quais ele também era submisso. Nele, independente de haver uma penetração, ele nunca foi machucado. Por que em mim, por ser mulher, consideram normal o fato da penetração machucar? Por que a penetração nele não saía sangue, não machucava?”, constatou.
Denúncias formais e humilhações relatadas
O caso ganhou notoriedade após Larissa Ferrari denunciar Payet em dois boletins de ocorrência: um no Rio de Janeiro e outro no Paraná. Segundo ela, além das agressões, o jogador a submeteu a práticas de humilhação, inclusive ao obrigá-la a ingerir a própria urina. “Eu cheguei a fazer sim [beber urina], foi quando ele sentiu ciúmes do Paulinho, do Palmeiras, e para provar meu amor, ele queria que eu me humilhasse”, afirmou.
Payet admite relação e práticas, mas nega agressões
Em depoimento à Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, o jogador confirmou o relacionamento com Larissa e admitiu práticas sadomasoquistas. Ele declarou que tudo ocorria com consentimento mútuo, inclusive os atos praticados de forma virtual. Payet negou que tenha cometido agressões ou exposto a ex-companheira a qualquer tratamento violento.