Ministro do Trabalho declarou que regime de 44 horas semanais é ‘cruel’ e que é a favor de uma discussão ‘saudável, com tranquilidade e sem susto para o empresariado’ para poder reduzir a jornada de trabalho

Neste sábado (10), o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que o maior desafio para o fim da escala 6×1 é o convencimento dos parlamentares do Congresso Nacional. Ele havia classificado a jornada de 44 horas semanais como cruel. Para ele, é preciso encaminhar o assunto de forma construtiva: “É preciso pensar em sustentabilidade. Sem mudanças abruptas”.
Seria plenamente possível o Congresso aprovar imediatamente 40 horas semanais sem redução de salário. Do ponto de vista prático, não enxergo a possibilidade de acabar imediatamente com o 6×1. Seria muito positivo, porque o 6×1 é uma jornada cruel, em especial para as mulheres. Espero que o Congresso tenha serenidade para debater e acolher o movimento, porque a classe trabalhadora deseja dias melhores”, disse o ministro durante visita à 5ª Feira da Reforma Agrária, do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), em São Paulo.
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Marinho mencionou que, no passado, foi proposta uma mudança gradual com a diminuição de 30 minutos por ano. No entanto, ela não foi aceita. “Já estaríamos em 40 horas já há muito tempo se isso tivesse sido feito”, afirmou. Ele disse pedir às lideranças empresariais que enxerguem o tema com naturalidade, vendo os próprios funcionários como consumidores.

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Fraude no INSS
Marinho foi questionado sobre o esquema de fraudes do INSS e afirmou que o caso teve início em 2019 e não foi investigado pelo governo anterior. Para ele, o importante agora é que o assunto está sendo investigado e que deve ser buscado ressarcimento aos que foram lesados no processo. Para ele, enquanto as coisas se esclarecem, muitas associações podem ser “levadas a reboque”, mesmo sem ter envolvimento com o processo.
*Com informações do Estadão Conteúdo