As declarações do novo líder da Igreja Católica deram a entender que ele deverá seguir na mesma linha de Francisco
Eleito e anunciado ao mundo na última quinta-feira (8/5) como o sucessor de Francisco (1936–2025), o papa Leão XIV realizou sua primeira missa para cardeais na Capela Sistina na manhã desta sexta-feira (9/5). Durante a homilia, o pontífice afirmou esperar que a Igreja Católica seja “um farol que ilumina as noites do mundo”.
“Deus me confiou este tesouro para que, com a sua ajuda, eu possa ser seu administrador fiel em benefício de todo o Corpo Místico da Igreja. Ele o fez para que ela seja cada vez mais plenamente uma cidade sobre o monte, uma arca de salvação navegando pelas águas da história e um farol que ilumina as noites deste mundo”, afirmou o líder religioso.
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“Ainda hoje, não faltam contextos em que a fé cristã é considerada uma coisa absurda, para pessoas fracas e pouco inteligentes; contextos em que, em vez dela, se preferem outras seguranças, como a tecnologia, o dinheiro, o sucesso, o poder e o prazer”, pontuou o papa.
Entre as falas, Leão XIV ainda deu a entender que seguirá uma visão próxima do que pregava o papa Francisco, afirmando que a Igreja Católica precisa ser um farol para o mundo. Antes de concluir, ele ainda fez um alerta sobre a ideia de reduzir Jesus a um “líder carismático ou a um super-homem”.
“Ainda hoje, não faltam contextos nos quais Jesus, embora apreciado como homem, é simplesmente reduzido a uma espécie de líder carismático ou super-homem, e isto não apenas entre os não crentes, mas também entre muitos batizados, que acabam por viver, a este nível, num ateísmo prático”, afirmou.