Lula deixa Rússia sem falas públicas sobre guerra na Ucrânia

Lula deixa Rússia sem falas públicas sobre guerra na Ucrânia


Presidente já sinalizou querer ser moderador no conflito, mas impacto da viagem ao país de Putin foi mínimo para o objetivo

Apesar de se declarar um mediador da guerra na Ucrânia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não incluiu nenhum posicionamento sobre o conflito em seus discursos durante visita à Rússia.

Conversas sobre a guerra com a Ucrânia podem ter sido realizadas em momentos privados com o presidente Vladimir Putin, no entanto, publicamente, o petista não conseguiu avançar em sua tentativa de ajudar a encerrar a guerra na Europa.

Lula deu destaque à relação comercial entre Brasil e Rússia durante a visita, assinando acordos de cooperação nas áreas de energia, espaço, ciência e tecnologia e cultura. Ele chegou ao país na 4ª feira (7.mai). Também participou nesta 6ª feira (9.mai) da comemoração dos 80 anos do Dia da Vitória, que marca o fim da 2ª Guerra Mundial (1939-1945).

Ao chegar no país, foi divulgada a entrevista que o presidente brasileiro deu para a revista The New Yorker. Ele confirmou uma ligação para Putin para tratar sobre o fim da guerra na Europa.

A jornalistas, o embaixador Eduardo Paes Saboia afirmou que o Brasil segue com o posicionamento de apoiar a retirada das tropas russas da Ucrânia. Havia a sensação de que Lula moldaria a posição sobre a ação militar para se adequar aos interesses de Putin frente à viagem que se aproximava. 

Lula pela paz

O petista tenta, desde o início de seu 3º mandato, se colocar como um mediador da paz mundial. Comenta frequentemente sobre as guerras entre a Rússia e a Ucrânia e entre Israel e o grupo extremista Hamas.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelesnky, já declarou que Lula não é mais relevante no cenário internacional para mediar o fim do conflito com a Rússia. Em maio de 2024, o Brasil e a China apresentaram uma proposta de paz defendendo uma “resolução pacífica”.

No decorrer de 2024, a relação entre os 2 presidentes foi tensionada por declarações de ambos os lados. Lula sugeriu que a Ucrânia deveria ceder o território da Crimeia para a Rússia. Em outro momento, disse que Kiev estava “gostando” da continuidade do conflito.


Esta reportagem foi escrita pelo estagiário de jornalismo Davi Alencar sob a supervisão da editora-assistente Isadora Albernaz.





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