Defesa de André Cury afirma que clube ocultou pendência já homologada pela Justiça ao aderir Regime Centralizado de Execuções
O empresário André Cury voltou à Justiça com uma acusação grave contra o Corinthians: segundo ele, o clube omitiu deliberadamente uma dívida já reconhecida judicialmente para tentar escapar do pagamento. De acordo com o documento acessado com exclusividade pelo portal LeoDias, a denúncia foi formalizada por meio de petição da empresa Link Assessoria Esportiva, representada por Cury, e anexada recentemente ao processo de execução que tramita na Vara Cível de São Paulo.
A Link cobra o pagamento de uma dívida de R$ 2.000.585,78, reconhecida em acordo judicial homologado, que deveria ter sido quitada em sete parcelas de R$ 285.797,97, com vencimentos entre junho e dezembro de 2023. No entanto, segundo a petição, nenhuma parcela foi paga, e a pendência passou a ser atualizada com base na inadimplência.
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A nova ofensiva da Link se apoia na alegação de que, mesmo diante da existência de um título executivo e da decisão que determinou o bloqueio de valores, o Corinthians não comunicou ao juízo do Regime Centralizado de Execuções (RCE) a existência da obrigação, o que configuraria, segundo a parte autora, uma tentativa deliberada de frustrar o cumprimento da sentença.
A petição afirma que o Corinthians ocultou propositalmente a execução judicial em trâmite na Vara Cível perante o Juízo Centralizador, desrespeitando a autoridade judicial, com a intenção de impedir a efetivação do pagamento.
Além do pedido de bloqueio imediato no Regime Centralizado de Execuções, a defesa de Cury também acusa o Corinthians de esvaziar os bloqueios judiciais determinados na ação de execução por meio de artifícios financeiros. A Link afirma que o clube utilizou cessões fiduciárias de créditos a terceiros, como a Caixa Econômica Federal, para dificultar a penhora dos valores devidos, estratégia que teria sido considerada indevida em sentença proferida na Justiça Federal após embargos movidos pela própria instituição bancária.
Diante desse quadro, a Link requer que o Juízo Centralizador seja intimado a tomar ciência da execução já existente e que os valores devidos sejam bloqueados até a quitação da dívida conforme previsto no acordo judicial.
Posição oficial do Corinthians
Procurado pelo portal LeoDias, o Corinthians respondeu da seguinte forma: “O Sport Club Corinthians Paulista informa que possui processos judiciais em andamento, incluindo execuções que estão sendo tratadas de forma estruturada. Recentemente, o Clube migrou para o Regime Centralizado de Execuções (RCE), um modelo que permite a unificação de todas as dívidas, facilitando a gestão e garantindo o cumprimento dos pagamentos de forma organizada e transparente. A medida reforça o compromisso do Corinthians com a responsabilidade financeira e a reorganização econômica do Clube.”
Apesar de mencionar a unificação das dívidas como pilar da adesão ao RCE, o clube não comentou especificamente a acusação de omissão da cobrança já existente ou a alegação de tentativa de frustrar o cumprimento da sentença, como aponta a defesa de André Cury.
O portal LeoDias também entrou em contato com o empresário André Cury para ouvir sua manifestação sobre o caso, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.
O pedido da Link ainda aguarda deliberação da Justiça. Até lá, os valores bloqueados seguem retidos, e a disputa judicial entre clube e empresário continua em aberto.
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