
Diante das ofertas de dólares no mercado, o total de dólares em poder do Banco Central caiu US$ 33,3 bilhões (9,2%) em dezembro, de US$ 363 bilhões para US$ 329,7 bilhões. Trata-se do menor valor desde o mês de fevereiro de 2023. 09/01/2025 – Foto: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Após desvalorização de 1,46% na quinta-feira, 8, o dólar experimentou uma leve queda nesta sexta-feira, 9, e encerrou o pregão ainda acima do nível técnico de R$ 5,65. Divisas emergentes em geral ganharam terreno em dia marcado por uma rodada global de enfraquecimento da moeda americana. Por aqui, a leitura do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril praticamente em linha com as expectativas teve pouca influência na formação da taxa de câmbio.
Investidores ajustaram nesta sexta posições de forma cautelosa à espera do início das negociações comerciais entre norte-americanos e chineses a partir do sábado, 11. Não houve apetite para grandes apostas depois do rali dos ativos de risco na quinta com a notícia de acordo sobre tarifas entre EUA e Reino Unido, seguido de declarações mais amenas do presidente norte-americano, Donald Trump, em relação à China.
Pela manhã desta sexta, o Trump afirmou, em publicação na Truth Social, que “uma tarifa de 80% para a China parece correta”. As taxas estão hoje em 145%. À tarde, a secretária de Comunicação da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que os EUA não vão reduzir as tarifas de forma unilateral e que precisam ver concessões por parte da China, que classifica as chamas tarifas recíprocas de “abusivas”.
Nas primeiras horas do pregão, o dólar até ensaiou um movimento de alta, em aparente ajuste após o tombo da quinta, e registrou máxima a R$ 5,6700. A moeda trocou de sinal ainda pela manhã e, com mínima a R$ 5,6386, encerrou a sessão em queda de 0,11%, a R$ 5,6548. Com as perdas na quinta e nesta sexta anulando os ganhos das três sessões anteriores, o dólar terminou a semana estável. A divisa recua 0,38% em maio e 8,50% no ano.
Termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes, o índice DXY apresentou queda moderada, mas manteve-se acima da linha dos 100,000 pontos, rodando na casa dos 100,300 pontos no fim da tarde. Na semana, o Dollar Index sobe cerca de 0,30%, passando a acumular alta por volta de 0,70% em março, diminuindo as perdas no ano para menos de 8%.
Em semana de novo recorde histórico, Ibovespa fecha a 136,5 mil
Após o ganho de 2,12%, e com renovação de recorde histórico intradia na sessão da quinta-feira (8), o Ibovespa teve uma sexta-feira (9), de acomodação, ainda em viés positivo. No fechamento, mostrava alta de 0,21%, aos 136.511,88 pontos, com giro a R$ 29,7 bilhões. Na semana, o Ibovespa sustentou ganho de 1,02%, e no mês avança 1,07%.
Foi o quinto avanço semanal consecutivo, a mais longa sequência de alta do Ibovespa desde a série de seis semanas positivas entre outubro e novembro de 2023.
Entre as grandes ações de commodities, Petrobras subiu 0,51% (ON) e 0,65% (PN), enquanto Vale ON avançou 0,40%. Na ponta ganhadora do Ibovespa na sessão, Porto Seguro (+5,66%), PetroReconcavo (+5,49%), Itaú e Lojas Renner (+4,92%). No lado oposto, Azul (-11,89%), MRV (-11,22%) e CSN (-9,87%).