O arcebispo de Fortaleza recebeu votos suficiente para se tornar o pontífice, mas recusou posição
Em 1978, o cardeal Dom Aloísio Lorscheider poderia ter sido o primeiro papa brasileiro. Isso porque recebeu os 2/3 dos votos necessários na votação do conclave, mas, ao ser questionado se aceitaria tal posição, preferiu recusar, alegando problemas de saúde.
Sua recusa abriu o caminho para o Papa João Paulo II, que permaneceu na posição até sua morte, em 2 de abril de 2005, dando continuidade ao papado de João Paulo I e ficando 26 anos como chefe da Igreja Católica.
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Leão XIV: norte-americano Robert Prevost é o novo papa da Igreja Católica / REUTERS/Guglielmo Mangiapane
Novo Papa escolhido no VaticanoReprodução: Globo
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Corpo de papa Francisco chega à Basílica de São PedroFoto: Reprodução / Vatican News
Há 50 anos, a instituição realizava um conclave apenas 33 dias após a escolha de João Paulo I e, por isso, o arcebispo de Fortaleza, que enfrentava problemas de saúde, tinha receio de que a instituição sofresse com a perda de dois papas em um curto período de tempo.
A informação veio a público quando o escritor e teólogo Frei Betto publicou um artigo, em abril deste ano. “O cardeal de Fortaleza recusou, declarando que tinha oito pontes de safena e a Igreja, que acabava de enterrar um papa que ficou no trono de Pedro apenas 33 dias (João Paulo I), arcaria com um ônus muito pesado tendo que convocar outro conclave em breve”, disse ao site UOL.
Caso Dom Aloísio tivesse aceitado o cargo e se tornado o primeiro papa latino-americano e brasileiro, seu papado poderia ter sido um dos maiores registrados, já que faleceu dois anos após João Paulo II, em dezembro de 2007.
