STF analisará suspensão de ação contra Ramagem na 6ª feira

STF analisará suspensão de ação contra Ramagem na 6ª feira


Presidente da 1ª Turma, Zanin marcou sessão virtual para as 11h após pedido de Moraes, relator na Corte do caso de tentativa de golpe

O presidente da 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal), Cristiano Zanin, marcou para 6ª feira (9.mai.2025) a sessão virtual para analisar a suspensão do processo penal contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ). O congressista é réu na Corte por tentativa de golpe de Estado em 2022.

O magistrado atendeu a um pedido do relator do caso, Alexandre de Moraes, que fez a solicitação depois de o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), enviar um ofício à Corte. Motta comunicou a aprovação do projeto que, além de Ramagem, beneficia outros réus na Corte por tentativa de golpe, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foi aprovado na 4ª feira (7.mai) pelos deputados.

“Diante da excepcional urgência caracterizada no presente caso, conforme consignado pelo eminente relator, ministro Alexandre de Moraes, determino a inclusão desta ação penal em sessão virtual extraordinária da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, com início às 11 horas do dia 09/05/2025 e término às 11 horas do dia 13/05/2025, para análise, por parte deste colegiado”, disse Zanin em decisão. Eis a íntegra (PDF – 75 kB).

ENTENDA

Foram 315 votos a favor do relatório, 143 contra e 4 abstenções. Ramagem precisava de pelo menos 257 votos a seu favor.

O relator afirma que a imunidade do congressista deveria se estender aos outros investigados. Eis a íntegra do parecer (PDF – 192 KB).

A brecha questionada está na conclusão do relatório, quando Gaspar diz: “Não resta alternativa a esta Casa que não o sobrestamento da ação penal em sua integralidade. O relator ainda pediu que o andamento da ação seja suspenso “em relação a todos os crimes imputados”.

Há a expectativa de que a Corte suspenda somente as ações contra Ramagem e exclua o trecho referente a outros acusados, por considerar o ato uma manobra.

Ainda na noite de 4ª feira, o Psol anunciou que vai entrar com ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) no Supremo contra a suspensão. Segundo apurou o Poder360, o partido esta colhendo assinaturas de outras legendas de esquerda antes de protocolar o pedido.

O STF só pode agir quando é formalmente provocado por uma das partes legitimadas, como partidos políticos, a Procuradoria-Geral da República ou autoridades com prerrogativa de foro. Essa característica decorre do princípio da “inércia da jurisdição”, segundo o qual o Judiciário não age de ofício. Assim, mesmo diante de fatos relevantes, o STF depende de um pedido formal para se manifestar.





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