O Copom eleva a taxa de juros em resposta à irresponsabilidade fiscal do governo federal, com suas políticas de gastos e de crédito que só trazem perda de poder de compra para a população

O Banco Central subiu a taxa Selic meta de 14,25% a.a para 14,75% a.a. É a maior taxa em 20 anos. O aumento decorre de vários fatores: i. demanda agregada crescendo acima da capacidade produtiva do país, ii. inflação corrente acima do teto da meta de 4,5% e iii. piora das expectativas inflacionárias. Todos esses fatores têm uma causa comum: a elevação do gasto público. O governo federal fomenta a demanda agregada pela elevação das despesas públicas e do crédito subsidiado, a fim de gerar crescimento econômico, mesmo que de maneira artificial.
Flexibilizar o saque do FGTS, aumentar a faixa de renda para obtenção de taxas de juros mais em conta no financiamento imobiliário e fomentar o crédito consignado do setor privado são algumas medidas que impulsionam o consumo, aquecendo a atividade econômica, mas que pioram a inflação corrente e futura.

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Enganam-se aquele que o Banco Central é o “malvadão” que sobe a Selic para prejudicar o país. Na verdade, o Copom eleva a taxa de juros em resposta à irresponsabilidade fiscal do governo federal, com suas políticas de gastos e de crédito que só trazem perda de poder de compra para a população.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.