CEO da empresa afirmou que ferramenta já demonstra maior eficiência em determinadas funções, especialmente na criação e otimização automática de anúncios publicitários
Mark Zuckerberg, CEO da Meta, disse que a inteligência artificial da empresa já supera humanos em eficiência em determinadas funções. A afirmação foi feita na 4ª feira (7.mai.2025), durante conferência anual da Stripe, empresa de infraestrutura para pagamentos digitais.
O fundador do Facebook mencionou a rapidez das mudanças tecnológicas atuais. “A esta altura, muitas pessoas já sabem que a inteligência artificial vai mudar tudo. A principal pergunta é quando: se isso vai acontecer em 5 ou 10 anos”, disse. “Tenho a sensação de que, à medida que trabalhamos mais nisso, tudo parece acontecer antes do que imaginamos.”
Segundo Zuckerberg, o ritmo de desenvolvimento da IA se mostra pelo modo como as equipes da Meta e do setor tecnológico atingem e ultrapassam objetivos.“Está tudo acontecendo muito rápido”, disse.
A Meta aplica esses sistemas em suas operações, principalmente na área publicitária. A empresa usa ferramentas que criam, testam e otimizam anúncios automaticamente, eliminando o desenvolvimento manual de campanhas. “O objetivo é que qualquer negócio possa nos dizer o que quer alcançar, quanto está disposto a pagar, e nós cuidamos do resto”, afirmou.
A Meta integra IA em seus produtos. O Meta AI, assistente de conversação, funciona em aplicativos como WhatsApp. A companhia lançou também o Llama 4, modelo de linguagem de código aberto.
Zuckerberg comparou os agentes de IA a tecnologias anteriores. “Assim como hoje toda empresa tem um e-mail ou presença nas redes sociais, no futuro toda companhia terá um agente de inteligência artificial presente nas diferentes plataformas de mensagens dedicadas a vendas ou suporte ao cliente”, disse.
Segundo o CEO, a tecnologia permite criar serviços que antes não eram viáveis. Um sistema de atendimento por voz para bilhões de usuários não seria economicamente possível se feito apenas por pessoas. A Meta relata que, com IA resolvendo 90% das solicitações, o serviço se torna implementável em larga escala.
“Talvez agora faça sentido contratar pessoas para responder os 10% restantes que a IA não consegue resolver”, disse Zuckerberg.
O executivo argumentou que a inteligência artificial permite operações que antes não eram economicamente viáveis. “Chegamos a um ponto em que a inteligência artificial é muito mais eficaz que o ser humano para certas tarefas”, disse.
A Meta pretende investir em novas tecnologias para manter posição no mercado. Zuckerberg citou dificuldades em distribuir produtos em plataformas de concorrentes como a Apple. “Se lançarmos um produto computacional, o empate sempre vai favorecer empresas mais consolidadas nesse campo, como Microsoft, Apple ou Google”, disse.
Durante sua fala, o CEO comentou sobre as mudanças no setor tecnológico. “Todo mundo precisa repensar seus produtos e seu trabalho. Também haverá grandes oportunidades”, afirmou. Ele fez uma comparação entre o período de criação do Facebook e o momento atual, indicando que empreendedores de hoje têm mais ferramentas tecnológicas à disposição.
