Augusto Melo exigiu redução de gastos em todas as áreas após novo pedido de afastamento e rejeição do balanço de 2024
Sob forte pressão interna e enfrentando múltiplas denúncias, o presidente do Corinthians, Augusto Melo, assinou um memorando exigindo a redução de despesas em todos os departamentos do clube. O documento, elaborado em conjunto com o diretor administrativo Ricardo Jorge, foi encaminhado na última quarta-feira (7/5) a todas as áreas operacionais do Parque São Jorge e estabelece um prazo de dez dias para a apresentação de planos de corte.
A orientação pede uma “redução mínima de 30% no contingente pessoal e no total de despesas de cada pasta”, além do “corte de gastos com materiais operacionais e de escritório, priorizando o uso racional e o reaproveitamento de recursos”. O texto também exige a “revisão de contratos e processos que gerem custos recorrentes e não essenciais”.
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De acordo com a diretoria, trata-se de uma medida de reestruturação administrativa voltada à “sustentabilidade do clube”. Essa é a segunda ação de contenção de gastos adotada nesta semana. Na terça-feira (6/5), Melo já havia vetado a contratação ou promoção de profissionais em qualquer setor, exceto no departamento de futebol.
As decisões foram tomadas em um contexto de crescente instabilidade política. Também na terça-feira, a Comissão de Justiça do Corinthians protocolou um requerimento ao presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, solicitando o afastamento imediato de Augusto Melo. O pedido se baseia em suposta “gestão temerária” e menciona pareceres do Conselho Fiscal e do Conselho de Orientação recomendando a reprovação das contas do exercício de 2024.
O documento afirma que houve descumprimento do estatuto do clube e possíveis violações a dispositivos da Lei Geral do Esporte e do Profut. A decisão sobre o afastamento cabe agora ao presidente do Conselho Deliberativo.
Em defesa, Melo e sua diretoria alegam ter herdado uma dívida de R$ 191 milhões da gestão anterior, comandada por Duilio Monteiro Alves, valor que, segundo eles, não teria sido devidamente registrado. A atual gestão solicitou a reabertura das contas de 2023, afirmando que, sem esse passivo, o resultado financeiro passaria de um déficit de R$ 181,7 milhões para um superávit de R$ 9,5 milhões.
O Conselho Deliberativo, no entanto, afirma não ter recebido a documentação exigida para reavaliar os números. Segundo Pedro Paulo, membro do Cori, essa suposta contingência não afetaria o resultado das contas.
Augusto Melo já enfrenta três pedidos formais de impeachment. O mais avançado está relacionado ao caso VaideBet, cuja votação foi adiada duas vezes. A última tentativa de realização foi no dia 20 de janeiro, mas a sessão foi suspensa devido ao horário.
O presidente do Conselho, Romeu Tuma Júnior, declarou em entrevista coletiva na quarta-feira que o processo de análise será retomado “assim que a Polícia Civil concluir o inquérito sobre o caso”, o que, segundo ele, deve ocorrer ainda no mês de maio.
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