Inter Services Public Relations (ISPR) / DC POOL / AFP

O ministro federal da Informação do Paquistão, Attaullah Tarar, afirmou nesta quarta-feira (7) (horário de local), que o país retaliou os recentes ataques da Índia e que três jatos e um drone indiano foram abatidos. “A Índia realizou ataques covardes contra civis inocentes e mesquitas no Paquistão, desafiando a honra e o orgulho dessa nação. Agora, estejam preparados. Esta nação responsabilizará o inimigo por cada gota de sangue de seus mártires. As Forças Armadas estão dando uma resposta esmagadora, exatamente de acordo com os sentimentos do povo. A nação inteira está unida em orações e solidariedade aos nossos bravos oficiais e soldados”, escreveu Tarar na rede X.
O primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, condenou os ataques aéreos da Índia e disse o país “tem todo o direito de dar uma resposta firme” ao “ato de guerra imposto pela Índia”, que deixou pelo menos oito civis. Segundo o porta-voz do Exército paquistanês, Ahmed Chaudhry, duas pessoas estão desaparecidas, e o Exército indiano praticou “24 bombardeios” contra seu território. Entre as vítimas há “uma menina de três anos” falecida em uma mesquita na região fronteiriça de Punjab, a mais populosa do país. O Exército indiano, por sua vez, acusou Islamabad de “violar mais uma vez o cessar-fogo, ao realizar disparos de artilharia nos setores de Bhimber Gali e Poonch-Rajauri”, na Caxemira indiana.
A Índia bombardeou nesta quarta, num contexto de tensão máxima desde o atentado cometido na Caxemira indiana em 22 de abril. Desde que esse ataque armado resultou na morte de 26 homens na parte da Caxemira administrada pela Índia, a comunidade internacional temia novos confrontos entre as duas potências nucleares. A Caxemira é uma região de maioria muçulmana dividida entre Índia e Paquistão, disputada por ambos os países desde que se tornaram independentes do Reino Unido em 1947. O Paquistão convocará nesta quarta-feira, às 05h00 GMT (02h00 de Brasília), seu Comitê de Segurança Nacional, composto por autoridades civis e militares, anunciou o ministro da Informação, Ataullah Tarar.
Em meio a esses anúncios, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou esperar que os confrontos entre Índia e Paquistão “terminem muito em breve”. Pouco antes desses bombardeios, o Departamento de Estado dos Estados Unidos havia informado que convocou Índia e Paquistão a trabalharem por uma “resolução responsável” de seu conflito. Nova Délhi havia acabado de ameaçar “cortar a água” de vários rios que nascem em seu território e percorrem o Paquistão, em represália pelo atentado de 22 de abril. Um dia após esse ataque, a Índia suspendeu sua participação em um tratado assinado em 1960 com o Paquistão, que estabelece que ambos devem compartilhar o controle da bacia de seis rios da Caxemira que convergem em direção ao rio Indo, no Paquistão.
*Com informações da AFP e Estadão Conteúdo
Publicado por Sarah Paula