Lula veta sigilo que poderia esconder salários de juízes

Lula veta sigilo que poderia esconder salários de juízes


Presidente sanciona texto sobre segurança de integrantes do judiciário, mas retira trecho que dava brecha para ocultar dados públicos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou na 3ª feira (6.mai.2025) a lei que muda regras de proteção de integrantes do Poder Judiciário. O petista vetou trechos que abriam espaço para diminuir a transparência na divulgação de salários de juízes e de outros funcionários públicos.

O texto original aprovado pelos deputados e senadores determinava sigilo a “informações cadastrais e de dados pessoais”. Ou seja, dados de interesse público poderiam ficar escondidos pela justificativa de proteção de autoridades.

Eis as íntegras do projeto de Lei aprovado na Câmara dos Deputados em 8 de abril (PDF – 610 kB) e da versão final sancionada por Lula (PDF – 610 kB).

O presidente manteve a regra que mandava ter “garantia de escolta e de aparatos de segurança” para os juízes.

O Poder360 mostrou que os Tribunais superiores da Justiça brasileira gastarão ao menos R$ 128,8 milhões em 2025 com segurança privada para seus ministros, prédios públicos e funcionários. Os serviços incluem escoltas e vigilância.

A maior abrangência das ações determinada pela lei tende a aumentar essas despesas nos cofres públicos.

A lei manda aumentar de ⅓ até ⅔ a pena para crimes de lesão corporal contra integrantes do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública ou da Advocacia Pública.

Atualmente, a pena de lesão corporal que leva à morte pode chegar até 12 anos de prisão. A nova lei altera o Código Penal e permite que o encarceramento tenha o limite máximo de 20 anos se o crime for cometido contra um juiz, por exemplo.

Além de Lula, assinam a sanção do texto:

  • Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da Fazenda;
  • Esther Dweck, ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos;
  • Manoel Carlos Neto, secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública;
  • Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento;
  • Vinícius Carvalho, ministro da Controladoria Geral da União.





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