‘Eu não me sinto representado nesta polarização que ai está’, declara Eduardo Leite

‘Eu não me sinto representado nesta polarização que ai está’, declara Eduardo Leite


Governador do Rio Grande do Sul apontou os efeitos negativos da polarização e sinalizou que, se disputar a presidência, irá propor mudanças no sistema para devolver eficiência e controle ao Executivo

Reprodução / Direto ao ponto Eduardo Leite
Eduardo Leite (PSDB), participou do programa Direto ao Ponto da Jovem Pan News

Na última segunda-feira (5), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), participou do programa Direto ao Ponto da Jovem Pan News. Duante a entrevista, o governador gaúcho discutiu os principais temas que desenham a complexidade do quadro político brasileiro, bem como informou sobre os projetos ambientais que estão sendo construídos para combater as enchentes no Estado, uma vez que o período de chuvas novamente começará na região. Ao ser questionado sobre o diálogo dos Estados com o Congresso Nacional, Eduardo Leite criticou a fragmentação do orçamento federal e o peso das emendas parlamentares nas contas públicas. Leite ainda sinalizou que, se disputar a Presidência, irá propor mudanças profundas no sistema para devolver eficiência e controle ao Executivo.

“Eu não sou contra a existência das emendas. Eu acho que elas até se justificam. Elas são representantes legítimas da população. O problema é a dimensão que isso alcançou. Uma coisa é você dar um alcançar ao parlamentar a possibilidade de atender demandas específicas das suas comunidades que são representadas com um volume X. Mas outra coisa é começar a interferir na capacidade de definição de políticas públicas organizadas”, argumentou o governador do RS.

Eduardo mencionou como exemplo o caso das enchentes no Rio Grande do Sul, que dependem do orçamento federal para desenvolver políticas de prevenção e restauro. “E aí, está uma delas – prevenção de desastres climáticos, que cada vez mais serão necessárias. Se nós não tivermos uma organização disso, isso envolve muita capacidade de diálogo com o Congresso. Porque você tem que enfrentar esse tema, que politicamente é sensível. Mas vai chegar uma hora que o país terá que fazer um encontro com essa história”, explicou Leite.

Em outro momento da entrevista, o governador explicou sobre como balancear as alianças políticos-partidárias com enfrentamento ao congresso Nacional em meio a possíveis reformas políticas. “Não existe uma bala de prata. Mas, eu acredito muito no diálogo. Peço licença para invocar o Rio Grande do Sul. Eu mexi no plano de carreira de professores e da polícia. Foi a reforma mais profunda do Brasil. Ninguém fez uma reforma tão dura, tão profunda e antipática quanto eu tive que fazer. Porque política é sobre isso. Se eu tenho um projeto que tem como principal [objetivo] reestabelecer a capacidade fiscal do Estado. Como eu consigo fazer as medidas mais críticas que vão me dar um resultado se eu precisar fazer alguns movimentos sem quebrar essa espinha dorsal. Porque é melhor fazer algumas concessões do que não levar nada. Isso é da política”, informou Eduardo Leite.

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Com os espectros políticos cada vez mais polarizados pela representação das principais siglas para as eleições de 2026, Eduardo Leite criticou a dinâmica da polarização e ausência de resultados. “Eu não me sinto representado nesta polarização que ai está. A polarização não é o problema. O PSDB polarizou, o partido que estou há 24 anos filiado, com o PT durante muito tempo. Mas essa polarização que ai está, eu considero muito prejudicial ao Brasil. Por quê? Porque a energia dos que polarizam está em mais destruir o adversário do que construir soluções. Então, eles ficam se atacando. Está errado. O Brasil tem desafios gigantescos para serem superados. e não da para ficar gastando energia para atacar uns aos outros. Vamos atacar os problemas”, declarou o governador do RS.

  • Assista a entrevista com Eduardo Leite no programa Direto ao Ponto

 





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