Coreia do Sul consegue reciclar quase todo resíduos alimentares com sistema inovador

Coreia do Sul consegue reciclar quase todo resíduos alimentares com sistema inovador


As penalidades para quem descarta de forma inadequada podem ser severas, com multas que ultrapassam os US$ 7 mil para empresas

Claire ROBICHE / AFPTV / AFPmontanha de lixo em Paris
Os restos de alimentos reciclados são utilizados principalmente na produção de ração animal, adubo e biogás

Yuna Ku, repórter da BBC, reside em Seul e está inserida no sistema de reciclagem de resíduos alimentares da Coreia do Sul. Este país recicla aproximadamente 97,5% dos 4,56 milhões de toneladas de restos de alimentos gerados anualmente. Em 1996, a taxa de reciclagem era de apenas 2,6%, mas a situação mudou drasticamente após a implementação de um sistema de cobrança por peso dos resíduos, que proibiu o descarte em aterros a partir de 2005. O modelo de reciclagem sul-coreano oferece três alternativas para a população: o uso de sacolas específicas, adesivos para estabelecimentos comerciais e máquinas equipadas com tecnologia RFID que realizam a pesagem dos resíduos. As penalidades para quem descarta de forma inadequada podem ser severas, com multas que ultrapassam os US$ 7 mil para empresas.

cta_logo_jp

Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!

Os restos de alimentos reciclados são utilizados principalmente na produção de ração animal, adubo e biogás. Contudo, a inclusão de resíduos alimentares na alimentação animal apresenta desafios, como potenciais riscos à saúde dos animais e restrições impostas devido a surtos de doenças. O êxito do sistema de reciclagem na Coreia do Sul é atribuído a uma abordagem abrangente que integra cobrança, penalizações, educação e conscientização da população. Especialistas afirmam que, apesar da eficácia do modelo sul-coreano, é fundamental que países com realidades econômicas distintas adaptem suas políticas de gestão de resíduos, levando em consideração dados locais e necessidades específicas.

publicado por Patrícia Costa

*Reportagem produzida com auxílio de IA





Source link