Wolney Queiroz foi empossado pelo presidente Lula na 6ª feira (2.mai), depois de Carlos Lupi pedir demissão do cargo
O novo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, disse neste sábado (3.mai.2025) que o trabalho à frente do órgão será “árduo”.
“Vou honrar a confiança do presidente Lula, do PDT e, principalmente, dos aposentados”, declarou.
Queiroz foi empossado no ministério pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na 6ª feira (2.mai), depois de o então ministro, Carlos Lupi, pedir demissão do cargo.
A mudança se deu por causa de uma operação da Polícia Federal e da CGU (Controladoria Geral da União) revelar um esquema bilionário de descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
O novo ministro disse que se encontraria com Jorge Messias, advogado-geral da União, neste sábado (3.mai). Em publicação nas redes sociais, afirmou ter conversado por telefone com o novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior.
OPERAÇÃO SEM DESCONTO
A Polícia Federal deflagrou, em 23 de abril, a operação Sem Desconto, para investigar um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS. A ação cumpriu 211 mandados de busca e apreensão e 6 mandados de prisão temporária no Distrito Federal e em 13 Estados.
De acordo com a PF, a investigação identificou irregularidades nos descontos de mensalidades associativas aplicados sobre os benefícios previdenciários, principalmente aposentadorias e pensões.
O governo informou que, em 2023, a CGU (Controladoria Geral da União) iniciou uma série de apurações sobre o aumento no número de entidades e nos valores descontados dos aposentados. A partir desse processo, foram feitas auditorias em 29 entidades que tinham ACTs (Acordos de Cooperação Técnica) com o INSS. Também foram realizadas entrevistas com 1.300 aposentados que apresentavam descontos na folha de pagamento.
Segundo o governo, a CGU identificou que as entidades não tinham estrutura operacional para prestar os serviços oferecidos aos beneficiários. Dos entrevistados, a maioria declarou não ter autorizado os descontos. A controladoria também constatou que 70% das 29 entidades analisadas não haviam entregue a documentação completa ao INSS.
Na operação, 6 pessoas foram afastadas de suas funções, entre elas o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.
Eis a lista das pessoas que foram afastadas de seus cargos no INSS:
- Alessandro Stefanutto – presidente (que depois pediu demissão);
- Virgílio Ribeiro de Oliveira Filho – procurador-geral do INSS;
- Vanderlei Barbosa dos Santos – diretor de Benefícios junto ao Cidadão;
- Giovani Batista Fassarella Spiecker – coordenador-geral de Suporte ao Atendimento ao Cliente;
- Jucimar Fonseca da Silva – coordenador-geral de Pagamentos e Benefícios;
- policial federal – identidade não foi divulgada.